- Resultados do estudo internacional ICILS - International Computer and Information Literacy Study 2023 foram divulgados hoje.
- Alunos portugueses alcançaram pontuação média de 510 pontos em Literacia em Computadores e Informação (CIL), significativamente acima da média dos países participantes.
- Média dos alunos portugueses em Pensamento Computacional (CT) foi de 484 pontos, valor que não se diferencia estatisticamente da média internacional.
- Estudo realiza-se de 5 em 5 anos e Portugal voltará a participar em 2028.
O ICILS, promovido pela International Association for the Evaluation of Educational Achievement, avaliou em 2023 a literacia digital e de utilização da informação dos alunos que frequentavam o 8.º ano de escolaridade (13 ou 14 anos), bem como as competências do pensamento computacional desses jovens. Participaram no estudo cerca de 3 600 alunos portugueses.
Literacia em Computadores e Informação (CIL)
Os alunos portugueses obtiveram uma pontuação média de 510 pontos neste domínio, significativamente acima da média dos países participantes (476 pontos), posicionando Portugal no 6.º lugar num total dos 31 países que cumpriram os requisitos de amostragem.
63% dos alunos portugueses alcançaram, pelo menos, o nível 2 na escala de proficiência em CIL (50% na média internacional) o que significa que alcançaram 493 pontos ou mais. 21% dos alunos portugueses alcançaram o nível 3 ou 4 da escala de proficiência em CIL (15% na média internacional).
As raparigas pontuaram 514 pontos e os rapazes 505 pontos, o que representa uma diferença estatisticamente significativa.
Os alunos que frequentam escolas privadas apresentaram um melhor desempenho em CIL do que os alunos das escolas públicas. A diferença é de 51 pontos.
Existe uma correlação baixa entre os resultados em CIL e o estatuto socieconómico (escolaridade dos pais, profissão dos pais e número de livros em casa) dos alunos.
A experiência na utilização de computadores e o número de computadores que os alunos tinham em casa tem influência nos resultados médios obtidos em CIL: alunos sem computador em casa pontuaram em média menos 80 pontos do que os alunos com 3 ou mais computadores (448 vs 528 pontos).
Pensamento Computacional (CT)
Os alunos portugueses obtiveram 484 pontos, pontuação média que não se diferencia estatisticamente da média internacional (483 pontos), colocando Portugal na 12.ª posição num total de 21 países que participaram no domínio e que cumpriram os requisitos de amostragem.
34% dos alunos portugueses não alcançaram o nível 2 de desempenho, ou seja, obtiveram uma pontuação média inferior a 440 pontos. Cerca de 24% de alunos portugueses alcançaram resultados superiores ao nível 3, obtendo pelo menos 551 pontos.
Os rapazes superaram as raparigas neste domínio, com uma pontuação de 489 pontos, 11 pontos acima do valor médio das raparigas.
Os alunos das escolas privadas (547 pontos) pontuaram mais 71 pontos do que os alunos das escolas públicas (475 pontos). Existe uma correlação entre os resultados médios em CT e o estatuto socieconómico dos alunos.
O número de computadores em casa parece influenciar os resultados dos alunos, com os estudantes que indicaram possuir três ou mais computadores a pontuar mais 78 pontos relativamente aos que não têm computador em casa (503 vs 425).
Práticas de Utilização das TIC
57% dos alunos do 8.º ano utilizavam computadores (incluindo portáteis, notebooks, netbooks e tablets) há 5 ou mais anos, percentagem superior à verificada na média dos países participantes (51%).
Cerca de um quarto dos alunos (26%) referiu utilizar dispositivos digitais na escola, para realizar trabalhos escolares, e mais de metade (52%) referiu utilizá-los na escola, mas para outro tipo de atividades.
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