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2023-02-15 às 14h47

Produção de hidrogénio vai permitir «mudança estrutural da economia» portuguesa

Primeiro-Ministro na assinatura dos contratos no âmbito do Programa de Apoio à Produção de Hidrogénio Renovável e outros Gases Renováveis do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) em Movimento, Lisboa, 15 fevereiro 2023
O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que a produção de hidrogénio verde vai permitir ao País não só produzir a energia que consome, como tornar-se um país exportador. António Costa classificou ainda a produção de hidrogénio em Portugal como uma «mudança estrutural da economia».

Na cerimónia de assinatura dos contratos do primeiro Programa de Apoio à Produção de Hidrogénio Renovável e outros Gases Renováveis, no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), o Primeiro-Ministro realçou que «um dos problemas crónicos do País é a sua dependência energética», agravada com a guerra na Ucrânia.

«Quando estamos a libertar-nos dos combustíveis fósseis, não estamos só a libertar-nos de combustíveis que emitem carbono para o ambiente, estamos também a contribuir de modo decisivo para ter uma balança de pegamentos e comercial mais equilibrada», afirmou.

António Costa disse ainda que com os projetos, agora assinados, o País poderá tornar-se um verdadeiro exportador de energia:

«Essa é uma mudança estrutural para o futuro da nossa economia, que transformará o País para as próximas décadas, pelo menos, e essa é uma oportunidade que não podemos desperdiçar», afirmou.

Mercado europeu

O Primeiro-ministro referiu que «a melhor demonstração de que há um efetivo interesse do mercado europeu» no hidrogénio produzido na Península Ibérica é o facto da Alemanha querer juntar-se ao chamado «corredor verde do hidrogénio» desenvolvido por França, Portugal e Espanha.

«Se há mercado, se há infraestruturas, se há neste momento recursos financeiros para apoiar, temos efetivamente de apostar», disse.

Empresas

António Costa agradeceu ainda, na sua intervenção, às empresas que hoje viram os seus projetos aprovados, ainda que só parcialmente financiados pelo PRR:

«Vocês fazem um grande esforço por parte do setor privado. É um excelente exemplo de que, com boas políticas públicas, com objetivos claras, regras regulatórias estáveis e transparentes, com a agilização e simplificação do processo de licenciamento e a devida combinação entre o que é o apoio público e a capacidade de mobilização do setor privado conseguimos transformar o perfil da economia portuguesa num setor tão critico como a energia», afirmou.

Os 25 projetos agora assinados totalizam verbas de 102 milhões de euros do PRR e permitirão a redução de 167 mil toneladas de emissões de dióxido de carbono. Grande parte dos projetos «não estão no litoral nem nos grandes centros urbanos», mas sim junto às unidades industriais e  no interior.