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2023-04-18 às 11h29

Primeiro-Ministro destaca importância do investimento empresarial e do crescimento das exportações

Primeiro-Ministro, António Costa, intervém na sessão de abertura do Growth Forum, da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, na NOVA SBE, Carcavelos, 18 abril 2023 (foto: António Pedro Santos/ Lusa)
O Primeiro-Ministro, António Costa, comparou a evolução económica do País a uma maratona e pediu «foco na meta do crescimento», salientando a importância do investimento empresarial e do aumento das exportações, na sessão de abertura do «Growth Forum«, uma iniciativa da Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa, na Faculdade de Economia da Universidade Nova (Nova SBE), em Lisboa..

«O sucesso da estratégia de crescimento só pode resultar se, como os maratonistas, tivermos sempre os olhos focados na meta e cada um cumprir a sua parte deste trabalho conjunto para obter aquilo que é a ambição de todos nós: que o País cresça e se internacionalize mais e que crie mais e melhor emprego, melhor rendimento e melhor qualidade de vida», afirmou António Costa.

Perante uma plateia de empresários, o Primeiro-Ministro destacou a trajetória de crescimento do País acima da média europeia desde 2015, altura em que assumiu funções.

«Entre 2000 e 2015, só em 2009 crescemos acima da média da União Europeia. Desde 2016, só em 2020, o ano mais grave da pandemia de Covid-19, crescemos abaixo da média europeia e todas as previsões indicam que continuaremos a crescer acima da média europeia quer em 2023, quer em 2024, e eu diria com grande probabilidade nos próximos anos», salientou.

Este crescimento acima da média europeia permitiu que Portugal se tenha «aproximado dos países mais desenvolvidos da Europa, estando agora mais próximo da cabeça do pelotão», acrescentou.

«E quem já tenha falado alguma vez com um maratonista sabe bem que a pior forma de ganhar uma maratona é olhar para quem vem atrás de nós e não ter os olhos focados na meta, que é estarmos na primeira linha dos países mais desenvolvidos da União Europeia», disse.

Investimento e exportações

António Costa justificou o crescimento económico dos anos recentes com dois fatores: o grande investimento empresarial e o crescimento das exportações.

«Temos razões para estar confiantes em relação ao futuro. Para que não digam que sou otimista, vou remeter-me a factos», disse, começando por realçar o aumento das qualificações da população portuguesa como fator que contribui para o crescimento económico.

«Na geração dos 20 anos, 47% da população frequenta o ensino superior», sendo que a média europeia ronda os 42%.

Entre outros fatores de confiança no futuro, António Costa realçou que a despesa com inovação e desenvolvimento atingiu 1,68% do PIB no ano passado, e na transição energética e digital Portugal, segundo a Comissão Europeia, «é o país melhor colocado para atingir a neutralidade carbónica em 2050».

O Primeiro-Ministro enalteceu a credibilidade internacional do País, que é conhecido por ser «um dos países mais seguros, pacíficos e estáveis do mundo», vantagem que tem que saber conservar «em todas as dimensões».

António Costa acrescentou que Portugal dispõe nos próximos anos de «um quadro de investimento importante», com o Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e o PT2030.

Por último, o Primeiro-Ministro realçou que a Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) está atualmente a acompanhar «104 intenções de investimento que a ser concretizadas representariam um investimento total de 14,5 mil milhões de euros».