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2023-01-20 às 13h50

Portugal regista descida histórica na taxa de pobreza

Conferência de imprensa sobre o impacto das políticas públicas no combate à pobreza
Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, intervém em conferência de imprensa sobre o impacto das políticas públicas no combate à pobreza, Lisboa, 20 janeiro 2023
A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, considerou que os números divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) sobre pobreza são «históricos e demonstrativos de um trabalho coletivo».
 
«Estes são números históricos do ponto de vista da capacidade coletiva de redução da pobreza em Portugal e que refletem o facto de conseguirmos ter retomado a trajetória positiva de melhoria dos rendimentos, condições de vida e acima de tudo do combate à pobreza, depois do ano difícil que tivemos durante a pandemia», destacou Ana Mendes Godinho, numa conferência de imprensa sobre o impacto das políticas públicas no combate à pobreza, na sequência do inquérito mais recente realizado pelo INE às Condições de Vida e Rendimento.
 
«Estes números apresentam a maior redução de sempre, no espaço de um ano, da taxa de risco de pobreza em Portugal. Significa que a taxa é agora de 16,4%, menos dois pontos percentuais do que em 2020», revelou.
 
Ana Mendes Godinho sublinhou que «esta redução é particularmente importante porque reflete-se em todos os grupos de população analisados», dando como exemplo as crianças (com uma redução para 18,5%), os adultos em idade ativa, os idosos, os reformados (redução de 18% para 14,9%), os trabalhadores (redução de 11% para 10%) e também os desempregados.
 
Nas famílias com três ou mais crianças «é particularmente importante a redução desta taxa, que passa para metade quando comparado com 2015, refletindo a aposta coletiva que temos feito de apoiar as famílias com crianças», referiu.

Outro dado importante divulgado pelo INE, segundo a Ministra, diz respeito à redução da taxa de desigualdade, que baixou 9,3% face a 2020. «Este é um desígnio de todos nós para garantirmos que há uma melhor distribuição da riqueza e um combate às desigualdades».
 
Menos 300 mil pessoas em risco de pobreza ou exclusão
 
Quanto à taxa de pobreza ou exclusão social em Portugal (indicador Europa 2030), que abrange uma dimensão maior para «procurar avaliar todos os aspetos da vida e não só a dimensão monetária», a Ministra salientou que «também aqui temos um resultado histórico em 2022, com uma taxa que baixa de 22,4% para 19,4%, a maior redução de sempre», o que significa «menos 300 mil pessoas em risco de pobreza ou exclusão face a 2021 e menos 734 mil pessoas face a 2105».
 
«Estes números evidenciam o caminho que temos traçado de uma forma conjunta para atingir as metas a que nos propusemos no âmbito da Estratégia Nacional de Combate à Pobreza alinhada com o Pilar Europeu dos Direitos Sociais, com a estratégia europeia e com os objetivos de desenvolvimento sustentável», destacou, acrescentando que «estes números mostram que é possível atingir os objetivos a que nos propusemos na Estratégia Nacional de Combate à Pobreza 2030, se mantivermos este ritmo de recuperação».
 
Estes dados mostram ainda «a importância das transferências socias no combate à pobreza, seja na capacidade que as pensões têm de retirar pessoas da pobreza, que são um direito próprio de todos os pensionistas, mas também de todos os outros instrumentos de combate à pobreza e de resposta de apoio às populações mais vulneráveis», afirmou Ana Mendes Godinho.
 
«Isto demonstra que políticas públicas fortes, direcionadas ao investimento social, mas também à valorização dos rendimentos do trabalho são determinantes para estes resultados coletivos que estamos a conseguir atingir», disse a Ministra, assegurando que «temos colocado no terreno medidas muito fortes seja no âmbito da agenda do trabalho digno, seja no âmbito do acordo de rendimentos e competitividade para a valorização dos salários, seja no âmbito do reforço das políticas públicas sociais direcionadas aos públicos mais vulneráveis».