Portugal está do lado do direito internacional contra a agressão russa

«Aceitar hoje a guerra imperialista da Rússia contra a Ucrânia é aceitar amanhã qualquer guerra imperialista contra qualquer outro país, designadamente contra o nosso. A melhor forma de defendermos o nosso futuro é defender hoje o direito que a Ucrânia tem à sua proteção pelo direito internacional. Este é um combate fundamental», afirmou o Primeiro-Ministro António Costa numa declaração à imprensa em Reiquiavique.

Sublinhando que Portugal escolheu a parte que apoia (o agredido) desde o dia da agressão, disse que «a nossa parte é clara, é a da defesa do direito internacional, do direito à integridade territorial, do direito à soberania de cada um dos povos».

A defesa do direito internacional «é importante sobretudo para países com a dimensão de Portugal, porque a lei internacional existe para proteger os mais fracos», acrescentou.

O Primeiro-Ministro disse ainda que «não somos os fiéis de uma balança onde há dois pratos iguais», recusando a ideia de que o fornecimento de meios de defesa sofisticados à Ucrânia para se defender contribuiria para a escalada na guerra. 

«Estamos numa situação muito assimétrica, em que há um país pacífico, que estava em paz, que não agrediu ninguém e não provocou ninguém. E há outro país que resolveu desencadear uma guerra, violando o direito internacional, invadindo outro país, matando pessoas nesse país e destruindo bens nesse país», afirmou.

À margem da cimeira, o Primeiro-Ministro reuniu-se com o Primeiro-Ministro ucraniano, Denys Shmyhal, a quem reiterou o apoio de Portugal, e com a líder democrática da Bielorrússia, Sviatlana Tsihanouskaya, a quem afirmou o apoio português à transição democrática no seu país.