Ministro das Finanças quer «resposta coordenada e mensagem de unidade» na frente económica e financeira

«A reunião do Eurogrupo e depois do Ecofin tem uma importância grande no sentido de reforçar a mensagem de unidade relativamente à ação na frente económica e financeira neste momento, que é um momento exigente», disse o Ministro das Finanças, Fernando Medina, à entrada das reuniões dos Ministros das Finanças dos países do Euro (Eurogrupo) e da União Europeia (Ecofin), no Luxemburgo.

O Ministro sublinhou que a conjuntura, dados os efeitos da pandemia e da guerra na Ucrânia, exige «uma resposta coordenada e uma mensagem muito forte, em primeiro lugar de unidade» da União Europeia e frisou que este será o espírito com que serão tratados outros dossiers que estão na agenda – como a continuação dos trabalhos relativamente à União Bancária e relativamente à saída da Grécia da fase de vigilância reforçada a que estava sujeita desde a última crise financeira. 

Fernando Medina notou as revisões em alta das projeções de crescimento económico para Portugal. «Esperemos que se materializem, estamos a fazer tudo o que está ao nosso alcance para compensar, em especial os mais vulneráveis, dos impactos da inflação», afirmou. 

O Ministro lembrou ainda que está a ser feito «um esforço muito grande na redução da dívida e do défice», um caminho cuja importância está cada vez mais demonstrada. «Creio que todos percebem que a credibilidade que Portugal conquistará com o facto de dar sinais muito fortes na redução da dívida, que é o que já aconteceu em 2021 e vai acontecer de novo em 2022, e no défice em 2021 e também em 2022, são ativos muito importantes», disse

Sobre o Mecanismo Europeu de Estabilidade, Fernando Medina afirmou que «Portugal tem sido sempre parte da solução» e que «é parte da solução no campo do aprofundamento da intervenção do Mecanismo».