Notícias
Modal galeria
Modal galeria
O Conselho de Ministros aprovou um programa de 2400 milhões
de euros, que se soma ao valor já em execução de 1600 milhões de euros, para apoiar o
rendimento disponível das famílias perante o aumento do custo de vida. No conjunto, as
medidas adotadas para compensar a inflação ascendem a 4000 milhões de euros.
O Primeiro-Ministro António Costa anunciou «as oito medidas
adicionais aprovadas no Conselho de Ministros extraordinário desta tarde, para apoiar o
rendimento das famílias e as ajudar a enfrentar o aumento do custo de vida». São
elas:
Medidas para 2023
O Conselho de Ministros também «antecipou decisões que,
apesar de só produzirem efeitos a partir de 1 de janeiro, devem ser conhecidos
com a maior antecedência possível», disse o Primeiro-Ministro.
Assim, «decidiu limitar a 2% a atualização máxima do valor
máximo das rendas de habitações e comerciais para 2023», medida que «será compensada
através da redução do IRS e IRC dos senhorios».
«Decidiu congelar todos os aumentos de preços de passes dos
transportes públicos e da CP em 2023 assegurando também a devida compensação às
autoridades de transportes e a esta empresa».
E, «para garantir o justo equilíbrio entre proteção do poder
de compra dos pensionistas e a sustentabilidade da Segurança Social, decidiu propor
à Assembleia da República o seguinte aumento das pensões para 2023:
Estes aumentos, «somando ao suplemento extraordinário que
será pago em outubro, garantem que todos os pensionistas terão até final de
2023 um rendimento idêntico ao que resultaria da estrita aplicação da forma
legal. Os pensionistas verão assim integralmente reposto o poder de compra perdido
ao longo de 2022».
António Costa disse que o que o Governo propõe com esta
medida «é um contrato entre gerações que garanta aos atuais pensionistas que a
sua pensão é respeitada, mas que, ao mesmo tempo, reforça a confiança dos
portugueses que mensalmente entregam parte o seu vencimento à Segurança Social
de que a sua pensão futura também estará garantida».
Não alimentar a inflação
O Primeiro-Ministro sublinhou que «combater a inflação é
muito difícil. Necessita, por um lado, de medidas para proteger o poder de
compra das famílias no curto prazo, mas obriga também a muita prudência para
não alimentar uma espiral inflacionista em que rapidamente perdemos amanhã o
que ganhamos hoje».
António Costa afirmou que «temos de fazer de tudo para
convergir o mais rapidamente possível para o objetivo de médio prazo fixado para
a zona euro: estabilizarmos uma inflação perto dos 2%. Este deve ser, por isso,
o valor de referência para a atualização de prestações, preços, tarifas ou
rendas fixadas pelo Estado para o próximo ano, para evitar que um ano de inflação
excecional e atípica como é 2022 se consolide com efeitos permanentes».
Pandemia e guerra
O Primeiro-Ministro referiu que como «consequência da
pandemia e, sobretudo, da guerra da Rússia contra a Ucrânia, sofremos um brutal
aumento da inflação que atinge durante o poder de compra das famílias. Há 30
anos que não vivíamos um aumento tão significativo e repentino do custo de vida».
Ao longo do ano de 2022, «o Estado já mobilizou 1600 milhões
de euros para apoiar as famílias de menor rendimento e as empresas mais dependentes
da energia e para limitar o aumento dos preços, em particular da energia e dos
combustíveis».
António Costa disse que o Governo avaliou «de forma
responsável quer os impactos da guerra, quer a capacidade do Estado para adotar
novas medidas de resposta à inflação sem pôr em causa outros objetivos
essenciais como o reforço do SNS ou a redução da dívida pública».
4000 milhões
Afirmando que «não está nas mãos do Governo impor a paz» e
tendo «consciência de que nenhuma medida apaga o efeito de um conflito armado
como o que vivemos», acrescentou que «graças à gestão orçamental responsável
que tem garantido contas certas, podemos adotar com segurança este novo
conjunto de medidas que, só este ano, terão um conto adicional de 2400 milhões
de euros, exclusivamente dedicados às famílias».
«Estas medidas somam-se aos 1600 milhões de medidas implementadas
no primeiro semestre e que estão em vigor. Isto significa que, ao todo, o plano
do Governo para fazer face à subida dos preços atinge 4000 milhões de euros».
Quanto aos apoios específicos para as empresas, o Governo avaliará
e decidirá após as conclusões da reunião extraordinária do Conselho de Ministros da União Europeu sobre energia, ainda esta
semana.
O Primeiro-Ministro concluiu afirmando que «com a mesma serenidade firmeza com que enfrentámos a pandemia, o Governo aqui está a enfrentar um novo desafio excecional, fazendo o que lhe compete e o que os portugueses lhe confiaram: avaliar e decidir, a bem das nossas famílias, dos portugueses e de Portugal».
Modal galeria