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2023-05-08 às 18h10

Dois novos sistemas de radar meteorológico nos Açores em 2024

Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva
«Queremos afirmar aqui nos Açores a centralidade dos Açores no Atlântico e converter os Açores numa grande plataforma de investigação do oceano e da atmosfera. Os Açores têm as condições ideais», afirmou o Ministro da Economia e do Mar, António Costa Silva, numa declaração após a consignação de dois radares meteorológicos para a região, que vão ser instalados em São Miguel e nas Flores.

Os dois radares, que incluem duas estações meteorológicas e dois detetores de trovoada, cuja consignação foi assinada em Ponta Delgada, na presença do Presidente do Governo Regional, Miguel Bolieiro, representam um investimento superior a cinco milhões de euros, incluídos no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

Os radares eram uma prioridade e são equipamentos de última geração «com um perímetro de observação de cerca de 300 quilómetros», disse Costa Silva.

«Acreditamos que colocando a ciência, a tecnologia e o conhecimento no centro da nossa relação com estes fenómenos, vamos melhorar significativamente as previsões e aumentar o nível de segurança e fiabilidade para a população dos Açores», acrescentou.

Os radares não se destinam a observar os Açores, mas a observar o Atlântico, pelo que a centralidade dos Açores na área científica vai ter aqui uma expressão óbvia, disse o Presidente do Instituto Português do Mar e da Atmosfera, Miguel Miranda.

Com as alterações climáticas vai passar a haver mais eventos climatéricos extremos, e os novos radares, que estarão em funcionamento em 2024, vão aumentar a fiabilidade das previsões. Para gerir melhor estas situações extremas as autoridades têm de decidir ações muito pontuais e localizadas.

Portugal vai também passar a ter direito a voto no sistema de gestão das tempestades subtropicais e dos furacões no Atlântico norte da Organização Meteorológica Mundial.

O Ministro disse ainda que o Observatório do Pico tem as condições ideais para o registo dos níveis de dióxido de carbono cuja medição é importante compreender as alterações climáticas e minimizar o seu efeito.

«Penso que a nossa relação com o oceano é muitas vezes uma relação cega, mas temos de mudar isso no século XXI para ser baseada no conhecimento e na ciência e na informação», salientou.