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2022-09-20 às 12h48

Candidatura portuguesa ao Conselho de Segurança da ONU com «expectativa muito positiva»

Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, com a Ministra dos Negócios Estrangeiros da República Centro-Africana, Sylvie Baípo-Temon, Nova Iorque, 19 setembro 2022
O Ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, tem encontrado «uma expectativa muito positiva» relativamente à candidatura portuguesa a um lugar não-permanente no Conselho de Segurança da ONU em 2027-2028 nos contactos que tem desenvolvido com homólogos de outros países, em Nova Iorque, onde acompanha o Primeiro-Ministro António Costa na Assembleia Geral das Nações Unidas.

O Ministro reuniu-se com colegas do Gana, da Gâmbia, de São Vicente e Granadinas, do Egito e da República Centro-Africana, entre outros países, e irá prosseguir as reuniões bilaterais durante toda a semana.

Numa declaração à agência Lusa e à Antena 1, João Gomes Cravinho disse que «o que posso concluir destas primeiras conversas é que há uma expectativa muito positiva, porque olham para Portugal como um construtor de pontes, um país que sabe dialogar com países muito diversos, de diferentes partes do mundo».

Esta semana da Assembleia Geral da ONU «é uma oportunidade para contactar com países com experiências muito diversas» e para «compreender o que são, para esses países, muito diferentes, de diferentes partes do mundo, os grandes problemas internacionais com que se confrontam».

Gomes Cravinho deu como exemplo a invasão da Ucrânia pela Federação Russa, uma guerra que tem consequências económicas globais, mas que «não é, necessariamente, a questão mais importante para países em outras partes do mundo».

«Uma parte muito importante do diálogo com esses países é procurar identificar maneiras de desenvolvermos uma abordagem comum», acrescentou.

O Conselho de Segurança, criado para manter a paz e a segurança internacionais em conformidade com os princípios das Nações Unidas, é um órgão com cinco membros permanentes, com direito de veto: Estados Unidos, Federação Russa, França, Reino Unido e República Popular da China.

Todos os anos, a Assembleia Geral elege cinco de um total de dez membros não-permanentes, que, nos termos de uma resolução da ONU, são distribuídos da seguinte forma: cinco africanos e asiáticos, um da Europa de Leste, dois da América Latina, dois da Europa Ocidental e outros Estados.