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2022-06-08 às 17h58

Campanha de vacinação contra gripe e Covid-19 no outono e inverno

Apresentação do plano de vacinação outono-inverno 2022/2023 - Covid-19 e Gripe
Ministra da Saúde, Marta Temido, e Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, na conferência de imprensa sobre a campanha de vacinação de outono/inverno, Lisboa, 8 junho 2022
«Vamos enfrentar um novo período, onde os vírus respiratórios e as temperaturas mais baixas tendem a agudizar as patologias dos mais vulneráveis», pelo que «esta é a fase de proteger os mais vulneráveis», disse a Ministra da Saúde, Marta Temido, ao anunciar a campanha de vacinação para o período de outono e inverno.

A campanha de vacinação prevê a administração das vacinas contra a gripe e a Covid-19 a idosos, pessoas com mais de 18 anos com doenças graves, profissionais de saúde e utentes de lares e unidades de cuidados continuados.

O plano, apresentado pela Ministra da Saúde e pela Diretora-Geral da Saúde, Graça Freitas, prevê um investimento de 15 milhões de euros em vacinas contra a gripe e de 6,9 milhões de vacinas contra a Covid-19, que foram previamente compradas.

De acordo com o plano, estas campanhas iniciam-se em 5 de setembro em simultâneo e, na lógica da proteção dos mais vulneráveis, começarão com a vacinação nos lares, na rede de cuidados continuados e em pessoas com 80 ou mais anos.

Nas segunda e terceira semanas de setembro, começarão a ser vacinadas as pessoas com 70 ou mais anos e, cerca de um mês depois, as pessoas com mais de 65 anos. Todas as pessoas elegíveis deverão estar vacinadas em dezembro.

Plano

O plano baseia-se nos pressupostos de que as variantes vão manter um perfil semelhante às que estão em circulação, e que a efetividade vacinal contra a doença grave e morte se mantém semelhante à atual, disse Graça Freitas.

O plano, que pode ser adaptado a novos pressupostos, prevê duas campanhas de reforços sazonais no outono/inverno, através da coadministração das vacinas contra a Covid-19 e a gripe, utilizando sempre que possível os mesmos grupos elegíveis e com um intervalo mínimo para a vacina da Covid-19 de três meses.

Em relação às pessoas mais vulneráveis, a vacina da gripe será tetravalente reforçada, uma vacina especial que será usada pela primeira vez em Portugal apenas para os residentes em lares, acrescentou.

Graça Freitas disse também que os principais grupos elegíveis são os residentes em lares e na rede de cuidados continuados integrados, as pessoas com mais de 65 anos, os maiores de 18 anos que tenham doenças crónicas como insuficiência cardíaca, doença pulmonar grave, doença neuromuscular grave e insuficiência renal e os profissionais de saúde e dos lares de idosos.

Para a gripe, já estão contempladas as grávidas e as crianças com doenças crónicas. A comissão técnica de vacinação está a estudar a possibilidade de também para a Covid-19 poderem ser vacinadas as crianças e as grávidas, referiu Graça Freitas.