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2022-06-01 às 12h27

«A segurança dos nossos aliados é a nossa segurança»

Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreira, assiste à partida da Força de Fuzileiros para missão da NATO na Lituânia, Lisboa, 1 junho 2022
A Ministra da Defesa Nacional, Helena Carreira, disse que a Força de Fuzileiros constituída por 146 militares que partiu para a Lituânia reforça o «novo ciclo» da presença da Aliança Atlântica no flanco leste europeu.

«O vosso destacamento para a Lituânia, no âmbito das medidas de tranquilização (Assurance Mesures) da Aliança Atlântica, reveste-se de particular significado pelos desenvolvimentos mais recentes que o nosso continente tem enfrentado no últimos três meses», afirmou.

Helena Carreira referiu que a guerra na Ucrânia «no seguimento da ilegal e brutal invasão por parte da Rússia» originou um novo ciclo para a NATO e para a arquitetura de segurança europeia.

Segundo a Ministra, este novo ciclo tem-se traduzido num reforço da «solidariedade entre os aliados, em maior capacidade operacional e em níveis de prontidão superiores», sublinhando que a NATO está mais unida e pronta para novas missões.

«A segurança dos nossos aliados é a nossa segurança», reforçou, recordando que a atual missão da Força de Fuzileiros confere a «continuidade do contributo de Portugal no reforço do flanco leste da Aliança Atlântica».

A Força de Fuzileiros que partiu do Aeródromo de Trânsito n.º 1 de Figo Maduro, em Lisboa, integra 12 oficiais, 24 sargentos e 110 praças do Corpo de Fuzileiros e do Agrupamento de Mergulhadores da Marinha totalizando 146 militares.

O destacamento de fuzileiros portugueses vai ficar na Base de Klaipeda, no Mar Báltico, a 1080 quilómetros da capital da Ucrânia (Kiev).

Estes militares vão participar nas medidas de tranquilização (Assurance Mesures) da Aliança Atlântica e que se traduzem no envolvimento de meios aéreos, marítimos e terrestres no centro e no leste da Europa e também na Turquia.

De acordo com a NATO, as medidas pretendem garantir segurança às populações face a uma potencial agressão.

Neste sentido, a Ministra adiantou que está prevista a condução de treinos e exercícios combinados com vista à «elevação da capacidade de prontidão», considerando que esta Força de Fuzileiros se caracteriza pela «grande flexibilidade, mobilidade e poder de combate», incluindo valências nas áreas das operações especiais (Destacamento de Ações Especiais), mergulho e apoio a operações anfíbias. 

A atual missão dos Fuzileiros já estava programada, tal como a missão do Exército Português na Roménia, mas foi «antecipada devido às circunstâncias», admitindo que o reforço das forças da NATO pode verificar-se no futuro.

«A Aliança Atlântica irá decidir em que momentos e que meios será necessário empenhar. Há forças em prontidão. Estamos disponíveis e estamos preparados para poder contribuir», concluiu Helena Carreira.