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2020-10-26 às 14h25

«Vamos trazer inovação para um setor estratégico para o Centro do País»

Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, visita Escola de Queijeiros, Castelo Branco, 26 outubro 2020
A Ministra da Coesão Territorial esteve esta segunda-feira na Escola Agrária de Castelo Branco para presidir à cerimónia de abertura da primeira Escola de Queijeiros do país, uma iniciativa pioneira e de grande importância para a Região Centro.

O queijo é um dos principais produtos endógenos destes territórios, que bebe do saber e experiência das gentes locais. Para além de um símbolo da Região, é um produto a ter em conta do ponto de vista económico. Cria rendimento relevante para quem o produz e é um excelente argumento de atração turística. Tem ainda um enorme potencial de crescimento.

«A abertura desta Escola de Queijeiros representa a importância que atribuímos a um saber que desejamos que permaneça e perdure no tempo. E que queremos que tenha visibilidade, sobretudo entre os mais jovens. Para que eles se interessem e vejam aqui também uma possibilidade de futuro, numa área estratégica para a economia da região», disse Ana Abrunhosa, acrescentando que «precisamos de empresários, de empreendedores, gente que arregace as mangas para pôr a mão na massa que, no caso em concreto, é mais pôr a mão no queijo».

A Inovcluster, Associação do Cluster Agroindustrial do Centro, com outras 14 entidades locais e regionais – entre as quais os Institutos Politécnicos de Castelo Branco e Viseu – desenvolveram e estão a implementar um «Programa de Valorização da Fileira do Queijo da Região Centro», apoiado em mais de dois milhões de euros pelos fundos europeus do Centro 2020 e que abrange os territórios de Denominação de Origem Protegida e de Indicação Geográfica Protegida - a Beira Baixa, a Serra da Estrela e o Rabaçal -, enquanto aposta na criação de redes de conhecimento e inovação, na qualificação e modernização da oferta, na promoção e marketing dos queijos e dos seus territórios.

Pretende não só valorizar o património genético dos animais envolvidos na produção de leite, como os utensílios, trajes e abrigos utilizados pelos pastores – também eles património histórico - e as técnicas e processos que foram sendo aperfeiçoadas ao longo de gerações.

«Vamos, pois, formar queijeiros. Mas os melhores queijeiros que consigamos ter, modernos e ambiciosos, que tragam ideias e inovação para este setor de que tanto precisamos, que absorvam o que lhes vai ser ensinado, para que o possam um dia ensinar também», desafiou a Ministra da Coesão.

O Programa de Valorização da Fileira do Queijo engloba vários projetos que já estão em curso, como a Escola de Pastores e o banco de terras, exclusivamente destinado estas atividades, e cujo primeiro terreno na região demarcada da Serra da Estrela já foi atribuído para o efeito. Dentro em breve contará também uma Rota Turística e Gastronómica do Queijo.
 
Com a Escola de Queijeiros agora lançada, pretende-se o rejuvenescimento da atividade e a captação de jovens que a possam desenvolver, valorizar e tornar mais competitiva.
 
«Não basta que os jovens se interessem, é preciso qualificá-los», disse a Ministra. «A partir desta Escola, apoiada nas valiosas redes que são os Politécnicos da Região, vão ser dadas a conhecer as melhores técnicas de produção e de afinação, para que o produto final justifique o valor com a sua altíssima qualidade».

Muito satisfeitos com os primeiros resultados estão os Institutos Politécnicos de Castelo Branco e Viseu, que vão ministrar o curso, referindo que das 20 vagas disponíveis nesta fase, houve 58 candidatos. Os novos alunos da Escola de Queijeiros estiveram presentes na Cerimónia de Abertura.