O Ministro de Estado e das Finanças, João Leão, afirmou que a prossecução de «políticas de recuperação adequadas, a nível nacional e a nível europeu, vai permitir, mais rapidamente conduzir de novo o País a um caminho de crescimento da economia e do emprego e de confiança e de sustentabilidade».
João Leão falava na Assembleia da República antes da votação do Orçamento Suplementar para 2020, onde destacou também o enorme esforço de convergência entre Governo, partidos políticos, parceiros sociais e sociedade civil para a elaboração da proposta.
Houve «um espírito de compromisso e sentido de responsabilidade entre todos - que aproveito para aqui louvar - e que constitui uma marca distintiva de Portugal na forma como tem reagido a esta situação extrema que nos afetou», disse, acrescentando que o PEES «incorpora uma parte importante das preocupações e sugestões que resultaram desse esforço de convergência», num exercício do Governo feito com total abertura e boa fé.
O Ministro referiu ainda que esta não é uma que resulte de um problema crise estrutural ou de acumulação de endividamento entre países e setores - ao contrário das anteriores - mas uma crise de saúde pública «com consequências económicas e sociais muito profundas e para as quais todos temos de estar cientes porque só assim seremos capazes de a vencer».
Apesar da contração da economia - que se estima que este ano contraia 6,9%, um valor que está em linha com as previsões europeias - João Leão disse que o Governo prevê, já para 2021, «um crescimento do PIB de 4,3 %» e, em o resultado dessa recuperação, uma redução significativa do défice orçamental «que deverá ficar abaixo dos 3%» tal como previsto pela Comissão Europeia.