O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que a União Europeia tem de adotar medidas para responder às consequências económicas e sociais da guerra desencadeada pela Rússia contra a Ucrânia, numa conferência de imprensa com a Presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, em Bruxelas.
Os Estados da União Europeia têm «de responder às consequências económicas e sociais desta guerra. Temos de, rapidamente, adotar medidas que controlem a subida dos preços, em particular dos combustíveis e das matérias-primas de bens essenciais, designadamente para a alimentação», disse António Costa.
«Temos de ser capazes de, tal como fizemos com o Covid-19, dar uma resposta forte que devolva confiança às empresas e que lhes permita manter a atividade. No Covid, houve uma crise da procura, que exigiu um grande suporte às empresas para manterem os postos de trabalho, mesmo quando estavam encerradas», lembrou.
«Neste momento temos de apoiar as empresas para que tenham condições para continuar a laborar, não obstante os brutais aumentos dos custos energéticos e de matérias-primas. Onde antes financiámos o lay-off, agora temos de financiar a aquisição de matérias-primas e o funcionamento normal das empresas, para que não se atrase a recuperação económica que estava em curso e que temos de levar por diante», acrescentou. O Governo aprovou, no dia 14 de março, uma
linha de apoio às empresas.
O Primeiro-Ministro afirmou que «estamos num momento muito difícil, a sair da crise do Covid-19 e a enfrentar já uma guerra, e temos de aprender com as lições da última crise. A Europa tem de manter-se unida, cada vez mais forte, para ter capacidade de responder aos seus maiores desafios».
Solidariedade com a Ucrânia
Os maiores desafios, neste momento, «são os de solidariedade com a Ucrânia: apoiar a Ucrânia para que a paz regresse rapidamente, apoiá-la na reconstrução após esta guerra destrutiva e assegurar apoio e proteção internacional a todos os ucranianos que a procuram, neste momento, na Europa», disse.
A Presidente do Parlamento Europeu referiu que foram discutidos vários assuntos, nomeadamente a «invasão injustificada e ilegal da Ucrânia e na nossa resposta comum europeia».
Disto, destacou dois pontos: o primeiro, «necessitamos de aumentar o nosso investimento em defesa e de construir uma verdadeira união de segurança e defesa»; o segundo «estou muito contente por ver o nível de compromisso do seu Governo e do seu país ao receber tantos refugiados ucranianos e ao integrar a resposta comum e coerente da nossa União», disse Roberta Metsola.