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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2022-02-28 às 9h07

União Europeia aprova terceiro pacote de sanções à Rússia e apoios à Ucrânia

Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva (Foto: António Pedro Santos/Lusa)
Os Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia aprovaram um novo «poderoso terceiro pacote de sanções à Federação Russa», durante uma reunião informal por videoconferência, disse o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva numa declaração à agência Lusa.

Na área económica as sanções preveem «a interdição de qualquer transação financeira a partir da União Europeia com o banco central russo, e a interdição do uso do sistema Swift em setores importantes da Rússia». O Swift é um sistema de ligação de cerca de 11 mil bancos e entidades financeiras mundiais, que através dele fazem transações, o que o torna o centro do sistema financeiro mundial.

Na área do isolamento internacional da Rússia decidiu-se «uma ação coordenada entre todos os Estados-membros no sentido de não autorizar quaisquer movimentos de companhias áreas russas no espaço aéreo europeu», disse, tendo Portugal já comunicado o fecho do seu espaço aéreo às companhias russas.

«As medidas relativas às interdições de transações com o banco central da Rússia, do afastamento da Rússia do sistema Swift e do banimento dos voos no espaço aéreo europeu são medidas que têm efeito imediato, com implementação nas próximas horas ou dias», disse.

Decisões inéditas

O Ministro destacou como «muito importante a decisão política» de autorizar, pela primeira vez, que o mecanismo europeu para a paz financie a aquisição e fornecimento à Ucrânia de equipamento letal no valor de 450 milhões de euros e de equipamento não letal no valor de 50 milhões de euros. É a primeira vez que tal acontece.

Uma outra medida sem precedentes foi a interdição de atividades de difusão de órgãos de comunicação social «que fazem parte do aparelho de propaganda e desinformação da Rússia», referiu.

«Todas estas situações são tomadas em reação à agressão russa à Ucrânia e, portanto, esperemos que haja uma evolução positiva no que diz respeito à situação no terreno, isto é, que a Rússia compreenda que não pode continuar a invadir o território ucraniano e a desencadear uma guerra contra a Ucrânia porque o preço que paga por isso é muito elevado», acrescentou.