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2020-11-05 às 21h28

Um milhão de portugueses já foi vacinado contra a gripe

Ministra da Saúde, Marta Temido, na discussão na especialidade do Orçamento do estado para 2021, Assembleia da República, 5 novembro 2020 (foto: Tiago Petinga/Lusa)
A Ministra da Saúde, Marta Temido, revelou que já foram vacinados uma milhão de portugueses e que existem ainda 800 mil vacinas para a gripe em depósito, tendo já sido vacinado um milhão de portugueses.

«À data de 3 de novembro foram entregues ao Serviço Nacional de Saúde 1,8 milhões de vacinas. Estão em entrega 270 mil vacinas na semana 30 de novembro a 6 de dezembro, uma data que poderá ser antecipada», acrescentou a ministra na audição parlamentar na especialidade sobre a proposta de Orçamento do Estado para 2021

Marta Temido disse que a área de governo da Saúde «reforçou a aquisição de vacinas este ano em 39%», para um total de 2,070 milhões de doses, e que antecipou o programa de vacinação. 

«Do milhão de portugueses que foram vacinados, 770 mil foram com doses registadas como administradas e 260 mil com doses entregues para administração em instituições diversas», referiu, acrescentando que, além das 200 mil doses enviadas às farmácias de venda ao público, estas «terão adquirido 500 mil vacinas».

O Governo continua a «procurar reforçar pontualmente» a aquisição de vacinas para a gripe, apesar das quantidades limitadas disponíveis no mercado mundial, e que «os portugueses em risco e com critério para administração da vacina terão acesso», mas não deixou de assinalar.

Contratação de médicos

A Ministra disse também que a contratação de 287 especialistas de medicina geral e familiar vai permitir que mais 341 mil portugueses passem a ter médico de família. Foram abertos 1385 postos de trabalho para a carreira médica, que já permitiram a celebração de 287 contratos com especialistas de medicina geral e familiar.

Destacou ainda o «reforço de profissionais de saúde no SNS com a previsão de um regime excecional de contratação a termo e a posterior possibilidade de conversão de 2999 desses vínculos em contratos sem termo», bem como o investimento na aquisição de medicamentos e de vacinas para a covid-19 que representam uma despesa estimada de cerca de 155 milhões de euros.

Marta Temido salientou «a capacidade de resiliência que o SNS tem tido», «no momento mais difícil» da sua história, e o facto de, em setembro, «os níveis de atividade assistencial já estarem alinhados com os primeiros meses do ano e de se ter conseguido recuperar 6000 cirurgias e 12 mil consultas em atividade adicional».

Orçamento

«É neste difícil contexto que somos chamados a preparar o Orçamento do Estado para 2021 protegendo os mais frágeis porque é isso o Estado social, porque é isso a cobertura universal em saúde», afirmou.

Por isto, o orçamento do Serviço Nacional de Saúde aumenta 1210 milhões de euros face ao orçamento inicial de 2020 ou 805 milhões de euros face ao orçamento suplementar.

«Este é o quadro financeiro no qual desenvolveremos dois eixos de ação relativamente aos quais é necessário continuar a prosseguir o melhor equilíbrio possível: o da resposta à pandemia da covid-19 e o da resposta às demais necessidades assistenciais da população. O da resposta à emergência e o da resposta a tudo o resto», disse.