O Ministro do Planeamento, Nelson de Souza, afirmou que é preciso estar atento às ameaças e impactos negativos que as transições ambiental e digital poderão vir a provocar e sublinhou que devem ser justas para todos os agentes nela envolvidos.
«As transições para poderem seguir o seu curso terão de ser justas, quer a ambiental, quer a digital, terão de ser justas. Isto é, não se pode fazer deixando regiões, setores e muito menos pessoas para trás», frisou o Ministro que coordena o Plano de Recuperação e Resiliência.
Na sessão de abertura do terceiro dia da reunião aeronáutica Portugal Air Summit, que decorre no Aeródromo Municipal de Ponte de Sor, Nelson de Souza deu ainda nota de que a transição climática está à porta, tendo como pano de fundo o objetivo da neutralidade carbónica em 2050.
«Na transição climática, na sustentabilidade e no uso eficiente dos recursos, promovendo a economia circular e dando meios de resposta ao desafio da transição energética, tudo tendo como pano de fundo – parece um objetivo longínquo, mas está aí à porta com tudo quanto são efeitos na nossa vida, na nossa economia, no nosso modo de viver e produzir – o objetivo de alcançar a neutralidade carbónica em 2050», disse.
Transição digital
O Ministro acrescentou que «também a transição digital, que através das suas diversas tecnologias e ferramentas, como a indústria 4.0, as redes de nova geração, como o 5G, a inteligência artificial e o Big Data, está a alterar o nosso modo de vida, o nosso modo de produzir, o nosso modo de relacionar enquanto regiões, enquanto países, enquanto organizações e, sobretudo, enquanto pessoas e cidadãos».
Nelson de Souza apontou igualmente as mudanças em curso nas tecnologias e ferramentas que estão a alterar o modo de vida e o relacionamento entre diversas áreas e setores.
As transições climática e digital vão proporcionar «muitas oportunidades positivas», vão «gerar maiores procuras e maiores possibilidades» de desenvolvimento de mercados, além de criarem novos postos de trabalho com melhor sustentabilidade, acrescentou ainda o responsável do Governo pelos Fundos Estruturais.