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2021-03-23 às 16h53

Temos de nos esforçar para que todo o ensino básico possa ter aulas após a Páscoa

Primeiro-Ministro António Costa no final da visita às obras de requalificação na Escola Secundária de Camões, Lisboa, 23 março 2021 (foto: Rodrigo Antunes/Lusa)

O Primeiro-Ministro António Costa e o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, visitaram as obras de requalificação na Escola Secundária de Camões, em Lisboa, no valor de 16 milhões de euros. 

O Primeiro-Ministro disse que «estamos todos a trabalhar e a esforçar-nos para que este plano de desconfinamento corra bem e para que possamos abrir o segundo e o terceiro ciclo [do ensino básico] logo a seguir à Páscoa e depois cheguemos também ao ensino secundário e ao ensino superior». As creches, o pré-escolar e o primeiro ciclo reabriram a 15 de março.

António Costa afirmou que «a luta pelo controlo da pandemia continua, sabemos que os números estão a melhorar, mas só porque nós estamos a conseguir controlá-los coletivamente. É este o esforço que temos de continuar a fazer para que possamos levar a bom porto esta batalha contra a Covid-19, como desejamos levar a bom porto a conclusão desta obra».

«A cada passo que damos no desconfinamento aumenta o risco de transmissão e o que temos a fazer é termos cada vez mais cuidado», sublinhou.

O Primeiro-Ministro disse também que durante esta semana «vamos prosseguir a testagem massiva nas escolas», «vamos iniciar a vacinação dos docentes e não docentes que trabalham nas escolas», vacinando mais de 100 mil pessoas em dois fins-de-semana».

A visita a «uma obra tão simbólica», quer porque o Camões é um dos liceus históricos de Lisboa, quer por assinalar «o investimento muito significativo que o Estado tem feito no parque escolar», nomeadamente no quadro do Programa de Estabilização Económica e Social, marca bem a forma distinta como estamos a enfrentar esta crise e como vamos sair dela: com melhor ensino e melhores escolas para podermos construir um futuro mais resiliente para todos».

Igualdade entre os estudantes

António Costa disse também, numa resposta à imprensa, que «hoje foi apresentado, pelo prof. Henrique de barros, um estudo que não só demonstra que as escolas são um local seguro como não há qualquer indício de que contribuam para agravar a disseminação da pandemia». 

«O princípio, que foi proposto pelos especialistas, de que houvesse um critério nacional para o funcionamento das escolas, tem a ver com a igualdade de oportunidades. Tendo em conta que vários anos são sujeitos a exame, aumentaria muito a desigualdade se houvesse estudantes com aulas e estudantes sem aulas. Para os outros, é um processo de aprendizagem que deve ser o mais igual possível», disse.

Naturalmente, «isto não exclui, no caso de haver um surto numa escola, como já houve no passado, que não haja aí uma intervenção pontual, como acontecerá em qualquer sítio onde aconteça um surto», acrescentou.

Construção civil nunca parou

O Primeiro-Ministro prestou ainda homenagem ao setor da construção civil «que foi dos poucos que nunca parou, ao longo deste ano. E mesmo nos momentos mais difíceis, em que muitos tiveram de ficar em casa para se proteger», na construção civil «tiveram de continuar a sair de casa, correndo o risco para a sua saúde para fazer com que as obras não parassem».

«O meu agradecimento por não terem desistido, por não terem parado, pois isso foi fundamental para sustentar a economia e o emprego, o que é decisivo para vencermos esta crise, não só no aspeto sanitário, mas também no da economia», disse também.