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2020-02-05 às 15h14

Suspensão da linha circular no metro de Lisboa significa perda de fundos comunitários

Suspensão da linha circular no metro de Lisboa significa perda de fundos comunitários
Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, durante a conferência de imprensa após a suspensão da construção da linha circular do metro de Lisboa, Lisboa, 5 fevereiro 2020 (Foto: João Relvas/Lusa)
O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, afirmou que a suspensão do projeto de construção da linha circular do metro de Lisboa «significa perder 83 milhões de euros de fundos comunitários».

Em Lisboa, durante uma conferência de imprensa na sequência da aprovação na Assembleia da República de uma proposta de suspensão, o Ministro referiu que esta «é uma decisão irresponsável que lesa profundamente a cidade de Lisboa e a sua Área Metropolitana».

«Põe em causa o princípio de separação de poderes e adia por três anos qualquer obra de expansão do metro», acrescentou, referindo que o estudo solicitado para ser feito no próximo ano já está feito e foi ele que «levou à construção da linha circular em detrimento da expansão da linha vermelha até Campo de Ourique».

Matos Fernandes reiterou as conclusões do estudo que indicavam que a linha circular «gera mais procura interna, desenvolvendo nova oferta onde há maior procura, e contribui para aqueles que chegam a Lisboa vindos da margem sul e da linha de Cascais».

A suspensão por um ano significa a impossibilidade de as obras ficarem concluídas até ao final de 2023 pelo que, na verdade, «este é um adiamento de três anos, e não apenas de um ano».

«Estamos a optar por uma linha que é fundamental, que mereceu o consenso da Câmara Municipal de Lisboa, que é a que tem mais passageiros», disse.

O Ministro referiu que «mão se pode em falar em combater as alterações climáticas e ser contra uma linha como esta que favorece o transporte público, não se pode fazer a defesa em tese da opção pelo transporte coletivo e obstar a que se concretize um projeto como este».

Matos Fernandes explicou que o Governo vai «tentar encontrar outra forma de aplicar esta verba noutro lado para que não seja dinheiro perdido», mas realçou que «para uma empreitada com esta dimensão, é completamente impossível alocar uma verba com esta expressão financeira».

«Não é possível concebermos uma nova linha, um novo projeto, e um novo estudo de impacto ambiental durante estes anos. Não serão investidos numa obra com a capacidade estruturante que esta tem», disse.