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2020-03-03 às 17h12

Serviço Nacional de Saúde tem capacidade de resposta para um surto de coronavírus

Primeiro-Ministro António Costa na visita ao Centro Hospitalar Universitário de São João, Porto, 3 março 2020 (foto: Paulo Vaz Henriques)
O Primeiro-Ministro António Costa afirmou que o Serviço Nacional de Saúde tem capacidade de resposta para uma eventual grande expansão do surto de coronavírus, durante uma visita ao Centro Hospitalar Universitário de São João, no Porto.

O Primeiro-Ministro voltou a sublinhar a importância de seguir as instruções das autoridades de saúde para evitar o contágio e a propagação do surto.

«Temos, no conjunto do País, 2 000 camas referenciadas como podendo estar reservadas a pessoas que sejam portadoras do coronavírus. Dessas 2 000, temos 300 para cuidados intensivos», disse, acrescentando que «o Serviço Nacional de Saúde, na sua esfera hospitalar, tem capacidade de expansão através da reorganização dos seus serviços». 

«No caso de haver uma grande expansão» do vírus haverá uma fase em que suspeitos ou doentes que hoje – «numa fase em que estamos em contenção da epidemia» – estariam internados, «podem perfeitamente estar em isolamento na sua própria casa».

Esta situação seria perfeitamente adequada «visto que, na generalidade dos casos, a sintomatologia é muito semelhante à sintomatologia das gripes», disse ainda António Costa.

O Primeiro-Ministro disse também que o sistema terá de ter «a flexibilidade necessária para, no limite, só estar no hospital quem necessita estritamente de estar no hospital, o que será uma percentagem menor dos casos que possam vir a registar-se».

No dia 3 de março, a Direção-Geral da Saúde confirmou quatro casos de infeção em Portugal.

O coronavírus, que causa a doença denominada Covid-19, pode causar infeções respiratórias como pneumonia. 

O vírus infetou mais de 90 300 pessoas em cerca de 70 países e territórios, tendo provocado cerca de 3 100 mortos e tendo já havido cerca de cerca de 48 mil recuperações.

Contudo, a Organização Mundial de Saúde declarou o surto de Covid-19 como uma emergência de saúde pública internacional de risco muito elevado.