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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2021-11-26 às 15h19

Secretários de Estado vincam importância da formação e literacia financeira

Os Secretários de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, João Torres, e Adjunto e da Educação, João Costa, destacaram a importância da formação financeira nas respetivas áreas.

«Sendo as qualificações um fator de desigualdade estruturante, é muito importante conseguir que esse fator de desigualdade, e outros que lhe estão associados, não sejam ainda reproduzidos pela maior exposição a riscos de tipo financeiro e por ausência de literacia financeira», disse Miguel Cabrita.

Afirmou ainda que «ao nível da digitalização impõem-se grandes desafios na política pública de formação profissional», precisamente pela necessidade de elevação das competências, nomeadamente em literacia financeira , abrangendo novos públicos, novas realidades, novas temáticas».

O Secretário de Estado Adjunto, do Trabalho e da Formação Profissional falava no encerramento da conferência do Plano Nacional de Formação Financeira 2021-2025, que decorreu no Museu do Dinheiro, em Lisboa.

Riscos da digitalização

O Secretário de Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor, por sua vez, disse que «a digitalização também comporta alguns riscos, e esses riscos têm uma tradução muito direta, porventura, numa possibilitação eventualmente excessiva do recurso a crédito por via dos produtos que são disponibilizados digitalmente, designadamente pelas instituições de crédito».

João Torres referiu, por sua vez, que «importará, porventura, dar um conhecimento mais reforçado» sobre produtos financeiros associados à sustentabilidade, assunto que hoje «é uma demanda dos consumidores, dos cidadãos, cada vez mais vincada».

Formação financeira inclui-se na agenda dos direitos humanos

Já no encerramento, o Secretário de Estado Adjunto e da Educação disse que a formação financeira se inclui na agenda dos direitos humanos, acrescentando que a literacia financeira confere «liberdade, sobrevivência, capacidade de autogestão e de autorregulação» às pessoas.

«Não é apenas a capacidade de poupar em abstrato, é também quanto é que tenho no fim de cada mês para conseguir poupar», disse ainda João Costa.

As orientações estratégicas do plano foram hoje apresentadas e ficarão disponíveis para consulta no 'site' todoscontam.pt, prosseguindo os dez anos de articulação no projeto entre as entidades que fazem parte do CNSF: Banco de Portugal, Autoridade de Supervisão de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) e Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), aliadas a vários parceiros institucionais, como os ministérios.