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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2021-10-20 às 18h55

«Se vamos investir milhões em ferrovia, que seja Portugal a beneficiar desse investimento»

Apresentação dos órgãos sociais do Centro de Competências Ferroviário
Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, durante a apresentação dos Órgãos Sociais do Centro de Competências Ferroviário (CCF), Matosinhos, 20 outubro 2021 (Foto: João Bica)
O Ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, afirmou que deve ser Portugal a beneficiar do «investimento de milhões na ferrovia».
 
«Sempre fomos ótimos a importar» mas «o que temos de fazer é produzir e vender», disse o Ministro, durante a apresentação dos Órgãos Sociais do Centro de Competências Ferroviário (CCF), em Matosinhos, onde esteve também o Ministro da Ciência e Ensino Superior, Manuel Heitor, o Secretário de Estado adjunto e da economia, João Neves e o Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado.
 
Pedro Nuno Santos disse também que «se nós vamos fazer um investimento brutal, como estamos a fazer na ferrovia, na infraestrutura, se nós vamos fazer um investimento brutal nos metros do Porto e de lisboa e na CP, para a compra de material circulante, que isso tenha consequências na nossa economia.
 
O Ministro referiu ainda o facto de o País ter desinvestido muito na ferrovia nos últimos anos, o que tem consequências climáticas:
 
«Os transportes são os maiores contribuintes para a emissão de gases com efeito de estufa, e o que nós sabemos é que: se há meio de transporte no mundo que tenha esse problema resolvido - há muito tempo aliás - é a ferrovia pesada e ligeira. Não há nenhum meio de transporte que se possa equiparar em termos de respeito e de conciliação com o ambiente», disse, acrescentando que «o nosso País não fez ainda a sua reflexão crítica sobre o que fez na ferrovia nas últimas décadas».
 
Para Pedro Nuno Santos, os problemas ambientais devem ainda ser encarados como uma oportunidade e usados «como instrumento para desenvolvermos o nosso País».
 
«Temos o direito, ambição e a capacidade de produzir cá»
 
Relativamente à aquisição de 117 unidades automotoras elétricas, das quais 62 para serviços urbanos e 55 para serviços regionais, o Ministro afirmou que concurso será lançado em breve e que o objetivo é que «o caderno de encargos garanta - e que os concorrentes percebam - que para vender comboios a Portugal vão ter que fazer uma grande parte cá e com empresas portuguesas». 
 
«Temos o direito, ambição e a capacidade de produzir cá, temos do melhor que há no mundo», disse ainda, acrescentando que  estes construtores terão «a capacidade de se estabelecer para fornecer Portugal, mas também usar Portugal como base para exportar para todo o mundo».
 
Centro de Competências Ferroviário 
 
Relativamente ao Centro de Competências Ferroviário - cujos órgãos sociais agora tomaram posse - o Ministro disse que aqui será possível, às empresas e as operadores públicos, consumirem o que a indústria, neste caso portuguesa, disponibilizar em termos de inovação.
 
Pedro Nuno Santos afirmou também que este trabalho não seria possível sem a parceria com as universidades, neste caso a do Porto.
 
O CCF vai dar formação, incubar empresas e trabalhar em investigação no setor ferroviário, devendo arrancar em 2022.