Risco de transmissão de Covid-19 é o mais baixo da Europa mas está de novo a aumentar

A Ministra da Saúde, Marta Temido, destacou as três ameaças mais importantes apresentadas na reunião sobre a situação epidemiológica da Covid-19 em Portugal como sendo «a subida do risco de transmissão», a situação das variantes e a alteração do índice de confinamento «não obstante o contexto legal ser o mesmo», numa declaração no final da reunião.

A reunião teve uma primeira parte, na qual «os peritos fizeram uma apresentação sobre a situação epidemiológica» e uma segunda parte, na qual «fizeram uma outra sobre quais poderão ser os caminhos futuros, os critérios a tomar em conta na avaliação de uma pandemia controlada e de um cenário de planeamento do desconfinamento», disse.

Relativamente aos números, «foi sublinhado que se mantém a tendência decrescente: por um lado, o número de novos casos por dia continua a reduzir-se; por outro lado, o número de internamentos em enfermaria geral e em unidade de cuidados intensivos continua a decair, o mesmo sucedendo relativamente aos óbitos», afirmou a Ministra.

O risco efetivo de transmissão (RT), «atingiu o valor mínimo de 0,61 a 10 de fevereiro, e desde então, está novamente a subir, o que é um sinal ao qual temos de estar atentos. Ainda assim, Portugal tem hoje o risco mais baixo dos países da União Europeia», referiu.

«A circulação de variantes, concretamente a britânica, que, segundo as estimativas realizadas no passado constituía uma preocupação com tendência crescente, representa hoje 65% dos casos positivos em Portugal», disse também Marta Temido.

O índice de confinamento tem vindo a reduzir-se desde há várias semanas, apesar da manutenção em vigor das mesmas medidas legais. «Registámos os números mais altos de adesão às medidas de confinamento na última semana de janeiro, e, desde então, a situação tem vindo a alterar-se com maior mobilidade da população», acrescentou.

Na segunda parte versou sobre quais poderão ser os critérios a tomar em conta numa situação de desconfinamento e tendo sido apresentados três cenários para as nossas decisões futuras.

Um, prendeu-se com a análise dos contextos de decisão e dos processos de decisão em cada país; outro com os critérios para considerar uma epidemia controlada; o último, com as propostas a tomar em conta para olhar para o futuro, concluiu a Ministra.