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O Ministro da Defesa Nacional, João Gomes Cravinho, afirmou que a Presidência Portuguesa da União Europeia terá como prioridade o reforço da parceria com África em matéria de paz e segurança, para travar a «crescente instabilidade e violência» no continente.
Durante o II Seminário de Defesa Nacional, em Lisboa, o Ministro disse que «A parceria europeia com África deverá mobilizar todos os vastos e importantes recursos que a União Europeia tem ao seu dispor para contrariar a tendência de crescente instabilidade e violência, nomeadamente no Sahel, na África Subsariana, na orla do Mediterrâneo e no Atlântico».
Este trabalho, segundo João Gomes Cravinho, só poderá ser feito através de «missões e operações militares da UE mais eficazes no terreno, em cooperação com as organizações multilaterais regionais, nomeadamente as organizações africanas e as Nações Unidas».
O Ministro disse ainda que será oficialmente apresentado o
Centro do Atlântico, «uma iniciativa multinacional liderada por Portugal e que
promove a segurança cooperativa e tem particular enfoque na segurança marítima»
e que investe também nas Presenças Marítimas Coordenadas da UE para garantir
«melhor coordenação da presença militar da União e de outros parceiros
regionais, nomeadamente no Golfo da Guiné».
Economia europeia de Defesa
João Gomes Cravinho destacou também a importância de uma «economia europeia de defesa forte», que permita alcançar «a liderança tecnológica e industrial na UE», mas que apenas será entendida pelos cidadãos europeus se tiver impactos reais na economia dos estados-membros.
«Uma prioridade absoluta para Portugal é que o futuro Fundo
Europeu de Defesa garanta um estímulo adequado à participação de pequenas e
médias empresas, garantindo assim uma real difusão dos benefícios e
oportunidades deste novo programa», sustentou.
Reforço das relações com a NATO
O reforço das relações com a NATO (Organização do Tratado do Atlântico Norte) será também uma «prioridade» clara» e na qual o Ministro diz que irá trabalhar «de forma entusiasmada» com a administração Biden, para que esta relação seja «mais ambiciosa e com resultados tangíveis».
João Gomes Cravinho disse ainda que, em 2020, «a classe
política deve abrir uma reflexão sobre como melhor enquadrar as capacidades das
Forças Armadas nas nossas respostas como sociedade», uma vez que o País
beneficiará de «soluções compreensivas que mobilizem os diferentes recursos do
Estado de forma integrada».
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