O Primeiro-Ministro afirmou que «queremos ter Natal e um Natal tão parecido com o que as nossas tradições nos foram ensinando a ter», e «faz parte das nossas tradições que o Natal seja um momento em que damos» e, portanto, «um momento de compras».
O que «justifica esta campanha de ter mais tempo para comprar, mais tempo para trocar, para evitar as aglomerações», pois há a certeza de que «uma pessoa sozinha não contagia nem é contagiada, duas pessoas, aumentam o risco de contágio, e com 3, 4, 5, 6 pessoas, o risco de transmissão vai aumentando», disse.
Encontrar um equilíbrio
António Costa afirmou que, neste tempo, a sociedade tem o exercício difícil de controlar a pandemia «com a menor perturbação possível da vida pessoal, social, laboral, comercial», sendo que «sempre que a pandemia o permitir, as regras serão aliviadas, mas quando o exigir, serão apertadas».
«Num primeiro momento, a única forma que tivemos de controlar a pandemia foi encerrar um conjunto de atividades, incluindo grande parte do comércio a retalho não essencial; depois percebemos que, com regras, era possível retomar essas atividades com segurança, e, em maio, retomámos a atividade comercial», disse.
«Os comerciantes mantiveram os estabelecimentos cumprindo as regras» e «foi possível que os cidadãos, para além do acesso aos bens essenciais, que nunca esteve fechado», voltassem a ter acesso ao comércio em geral.
Neste momento, «em que o crescimento da pandemia impõe restrições agravadas, procurámos evitar que elas fossem aplicadas ao comércio, mas temos consciência que ele sofre devido a outras regras», como o teletrabalho e a limitação do horário de funcionamento, pelo que «tem sido dos setores mais afetados por esta crise».
O Primeiro-Ministro sublinhou que «o Governo tem bem consciência das dificuldades e o Conselho de Ministros vai aprovar um novo conjunto de medidas de apoio às micro, pequenas e médias empresas» que «estão a suportar um custo muito grande do esforço que temos de fazer para controlar a pandemia.
Comprar de forma diferente
O Ministro de Estado, da Economia e da Transição Digital, Pedro Siza Vieira, disse que começa agora «a época em que todos começamos a pensar nas compras de Natal, mas este ano fazemo-lo num contexto diferente em que a pandemia exige a todos cuidados particulares».
Desde o começo da pandemia, «temos seguido regras de salvaguarda da saúde da comunidade», com restrições ao número de cientes, circuitos de circulação, desinfeção…», disse acrescentando que os seis meses desde o desconfinamento «demonstram que a experiência de compras é segura, em que os consumidores, além de continuarem a contar com a excelência de serviço que o comércio, cada vez mais, oferece, também encontram um espaço seguro».
«Se queremos conciliar as compras de natal com a segurança que nos é exigida», «temos de planear o processo de compras, evitar deixar para a última hora», ir «o mais cedo possível» e «pensar que após o Natal não teremos de fazer a corrida para trocar a prenda que não corresponde à nossa preferência», afirmou.