Primeiro-Ministro recebeu homólogo sueco

Na declaração conjunta à imprensa, no final da reunião, o Primeiro-Ministro português destacou que os Governos português e sueco partilharam os seus «pontos de vista, que não são coincidentes ainda, sobre o que deve ser o futuro do quadro financeiro plurianual» da União Europeia.

«Mas fizemos algo que é muito importante, que é cada um ouvir o ponto de vista do outro e, compreendendo o ponto de vista do outro, procurar encontrar uma solução comum», sublinhou, acrescentando que só assim será possível «obter, o mais rapidamente possível, um acordo».

«Um dia, espero que o mais cedo possível, chegaremos a um acordo, e para chegarmos a esse acordo há um caminho a fazer» que «pressupõe começar por compreender bem qual é o ponto de vista dos outros e ver como é que, tendo em conta o ponto de vista dos outros, os interesses nacionais dos outros, podemos conseguir encaixar o nosso próximo interesse nacional», disse.

António Costa disse também que «é essencial que a União Europeia não atrase a aprovação do próximo quadro financeiro plurianual» porque esta aprovação «é um sinal de confiança para os europeus e é fundamental para não criar novas incertezas sobre a dinâmica do crescimento económico, da criação de emprego na Europa» e da sua capacidade «de liderar a transição digital e o combate às alterações climáticas».

Após esta reunião, Portugal e Suécia estão «em melhores condições para trabalhar em conjunto» e para chegarem «ao próximo Conselho mais próximos» do que saíram do último Conselho Europeu, no qual não houve acordo sobre o orçamento.

«É da forma como todos conseguirmos encontrar-nos no interesse comum da Europa» e na «defesa do interesse específico de cada um que nós conseguiremos um bom acordo», sublinhou o Primeiro-Ministro.

O Primeiro-Ministro sueco afirmou que «para a Suécia é importante ter um orçamento moderno e adequado e o processo precisa de ser levado para a frente».

Stefan Löfven afirmou também a importância do diálogo entre os líderes europeus e de uma clarificação de posições para que os países possam chegar a um acordo quanto ao orçamento comunitário.

O Primeiro-Ministro português é um dos principais líderes do grupo maioritário de países no Conselho Europeu, o chamado grupo dos Amigos da Coesão, que foi, entretanto, rebatizado de Amigos de uma Europa ambiciosa, enquanto o Primeiro-Ministro sueco é um dos quatro chefes de Governo que querem reduzir o orçamento da União em áreas como a coesão e a agricultura, defendendo que o dinheiro seja dirigido para outras políticas.