Primeiro-Ministro destaca «relevância global do português»

O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que «a língua portuguesa é hoje uma comunidade sem qualquer contiguidade territorial» e «a única grande língua mundial, em que todos os países que a falam estão separados e, por vezes, até muito distantes geograficamente».

 

António Costa falava em Lisboa, no Centro Cultural de Belém, durante a comemoração do Dia Mundial da Língua Portuguesa, onde estiveram também presentes o Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, e o Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues.

 

«Partilhada e enriquecida por países costeiros ligados pelo mar e pelas suas diásporas, aproximando realidades distintas e experiencias plurais, a presença da língua portuguesa, em vários continentes, confere-lhe naturalmente uma configuração global», disse, na sua intervenção inicial.

 

O Primeiro-Ministro referiu também a «relevância global do português», que oferece «um contributo essencial para a afirmação dos países de língua portuguesa no contexto regional em que se inserem», dando como exemplo as diversas organizações internacionais, em que os países de língua portuguesa estão inseridos.

 

«É essa uma das enormes vantagens competitivas do português: o facto de tirar partido das diferentes dinâmicas demográficas sociais e geopolíticas em que está presente. fortalecendo-se no contato com outras línguas e culturas», acrescentou.

 

António Costa afirmou também que existem cerca de 260 milhões de falantes de língua de portuguesa, representando quando 5% do PIB global.

 

Segundo o Primeiro-Ministro, «a língua portuguesa tem um enorme potencial económico, social e cultural, ganhando uma crescente dinâmica demográfica ao longo deste século» porque «combina a maior economia da américa do sul com países em crescimento acelerado em África».

 

Antes de terminar, António Costa destacou o prémio dst Angola/Camões, atribuído durante a cerimónia ao escritor e sociólogo Pepetela, reconhecendo a «sua obra excecional», sendo também «um dos mais importantes autores da língua portuguesa contemporânea».