Saltar para conteúdo
Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Notícias

2021-07-06 às 18h07

Primeiro-Ministro destaca investimentos do PRR na saúde preventiva e cuidados primários

Inaugura da Unidade de Cuidados Intensivos do Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho
Primeiro-Ministro António Costa visita Centro Hospitalar Vila Nova de Gaia/Espinho, Vila Nova de Gaia, 6 julho 2021 (foto: Estela Silva/Lusa)

O Primeiro-Ministro António Costa visitou o Centro Hospitalar de Gaia/Espinho, onde inaugurou a Unidade de Cuidados Continuados, e inaugurou a Unidade de Saúde da Madalena, ambos em Vila Nova de Gaia, tendo sido acompanhado pela Ministra da Saúde, Marta Temido.

Na primeira visita, o Primeiro-Ministro destacou a urgência da vacinação perante as variações do vírus da Covid-19, enquanto na segunda pôs a tónica nos investimentos que o Plano de Recuperação e Resiliência tem programados para a saúde. 

Saúde de proximidade

António Costa destacou os investimentos do PRR «em saúde preventiva, em educação para a saúde, porque grande parte das doenças que temos resultam dos nossos comportamentos (tabaco e excessos de álcool, açúcar, sal)», havendo uma verba importante para que «a nova geração tenha hábitos mais saudáveis».

Destacou também a «saúde de proximidade, para que as pessoas possam ter um aceso mais fácil, mas também para retirar das urgências hospitalares muitas solicitações que não requerem idas ao hospital». Para isto, as Unidades de Saúde Familiar devem ter maior capacidade de resposta, apontando nutricionistas e dentistas – «ambos já aqui a trabalhar». 

O Primeiro-Ministro referiu também «que estas unidades de saúde podem ter a capacidade de realizar atos de diagnóstico e complementares, como raios X e análises simples, poupando muitas deslocações aos hospitais».

O PRR tem igualmente previstas as verbas que estas USF, através da rede informática, possam estar em diálogo com os médicos especialistas dos hospitais, para determinar o que requer tratamento hospitalar» e o que pode ser feito no centro de saúde, melhorando a qualidade de vida das pessoas e permitindo aos hospitais concentrar-se nos cuidados diferenciados.

Cuidados continuados

António Costa destacou também o objetivo de «completar, com mais 4450 camas, a rede nacional de cuidados continuados integrados», cada vez mais importante para uma população que vai ser mais tempo idosa e vai necessitar de mais cuidados de saúde.

O Primeiro-Ministro sublinhou novamente que todos os compromissos do Plano de Recuperação e Resiliência têm de estar assumidos até 2023 e todo o dinheiro gasto até 2026, pelo que «é tempo de pormos mãos à obra e por a recuperação em ação».

Cuidados intensivos

Na visita ao Centro Hospitalar Gaia/Espinho, que incluiu a inauguração da ala de cuidados intensivos e intermédios e a visita à futura maternidade (que incluirá cuidados intensivos de neonatologia, serviço de internamento, pediatria, obstétrica e ginecologia), o Primeiro-Ministro sublinhou que «o País hoje está mais bem preparado do que no início da pandemia, quando eramos o País da União Europeia que tinha menor número de camas de cuidados intensivos». 

«Fixámos a meta de atingirmos a média da União Europeia e estamos a percorrer o caminho para a alcançar», estando a investir, não só para responder às necessidades pontuais criadas pela pandemia, mas «para responder às necessidades permanentes do Serviço Nacional de Saúde, equipando-o com o que lhe faltava».

Corrida contra as variantes

Todavia, «não devemos estar tranquilos, porque a pandemia não acabou e há-de continuar enquanto o vírus se for diferenciando em variantes. Temos uma luta contra o tempo, entre a capacidade do vírus se diferenciar e a nossa capacidade de vacinar», disse. 

António Costa destacou «o esforço enorme que está a ser feito, nesta semana e na próxima, para administrar 1,7 milhões de vacinas», que «tem de ser bem-sucedido» para garantir «que todos os maiores de 60 anos tenham a segunda dose e avançarmos na vacinação dos mais jovens».

«Ontem batemos o recorde – foram administradas 141 mil vacinas –, o que significa que a sua administração não pode ter a mesma comodidade que tinha antes», disse, apelando «à compreensão de todos para a necessidade de fazermos este esforço, para garantir que todos vamos ficar mais bem protegidos e proteger melhor o nosso semelhante, e mais rapidamente recuperar a normalidade da vida».

O Primeiro-Ministro disse que «as festas sem segurança estão a ser os principais polos de difusão da pandemia», acrescentando que «se sabemos que podemos contar com o pessoal da saúde, eles também têm de saber que podem contar connosco para evitar que a pandemia volte a crescer como em janeiro e fevereiro».

Aumento de consultas e cirurgias

Na visita ao Centro Hospitalar de Gaia/Espinho, a Ministra da Saúde, Marta Temido, referiu que, «este ano, o Serviço Nacional de Saúde aumentou significativamente a sua resposta hospitalar, tendo aumentado mais de 10% o número de consultas hospitalares e de cirurgias, quando comparado com 2020, e estando quase nos níveis de 2019».

Na visita ao Centro de Saúde da Madalena, Marta Temido acrescentou que Serviço Nacional de Saúde já fez, em 2021, «mais 3 milhões de consultas médicas e mais 4 milhões de consultas de enfermagem do que em 2020».

A Ministra disse também, no Centro Hospitalar, que, desde que começou a pandemia foram inauguradas 101 camas de cuidados intensivos, «o que representa metade das intervenções em unidades de cuidados intensivos que estão previstas», havendo «outras 13 UCI que têm obras a decorrer».

E no Centro de Saúde, referiu que o Plano de Recuperação e Resiliência tem previsto o investimento na construção de 101 centros de saúde e extensões, à razão de 20/30 por ano, na melhoria da eficiência energética em 300 edifícios da área da saúde e as bases para o novo centro de saúde, um espaço de proximidade com cuidados de nutrição, psicologia, saúde mental, saúde oral, e também serviços sociais.