Saltar para conteúdo
Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Notícias

2021-11-17 às 12h42

Primeiro-Ministro destaca capacidade do País para atrair investimento tecnológico

Primeiro-Ministro António Costa cumprimenta o presidente da Deloitte Portugal, António Lagartixo, na apresentação dos investimento em dois centros de excelência tecnológica, Lisboa, 17 novembro 2021 (Foto: Miguel A. Lopes/Lusa)
O Primeiro-Ministro António Costa destacou a capacidade de atração de investimentos tecnológicos que Portugal tem demonstrado, na apresentação de novos projetos de investimento da Deloitte Portugal, em Lisboa.

Os investimentos anunciados pela empresa são dois centros de excelência globais, um de soluções tecnológicas e outro de redes de telecomunicações, que poderão empregar até duas mil pessoas muito qualificadas nos próximos quatro anos, e «são bem ilustrativos do que Portugal tem a oportunidade de fazer», disse António Costa.

Portugal «é um país de excelência para a localização» de «tudo o que tem a ver com transformação digital e desenvolvimento de redes», porque é «o ponto mais próximo do outro lado de cá do Atlântico em relação à América do Norte e do Sul», localização geográfica propícia para ser «um hub da aeronáutica e de amarração das novas vias de comunicação digital». 

Qualificação

O Primeiro-Ministro destacou igualmente que Portugal dispõe de outro recurso «que não teve antes na sua História: Pela primeira vez, temos uma nova geração que tem um nível de qualificação que já se aproxima do nível médio de qualquer país da União Europeia». «Isto impõe-nos uma enorme exigência. Uma geração mais qualificada é necessariamente uma geração mais exigente», acrescentou.
 
Estes investimentos, que estão a mudar o perfil da economia portuguesa, continuam a necessitar de técnicos altamente qualificados, sendo uma das metas do País «aumentar a formação em ciências, tecnologias, artes e matemática até 2026», o que «implica formar mais dez mil pessoas do que atualmente, no conjunto dessas áreas».

«Se conseguirmos disciplinadamente, persistentemente prosseguir este esforço, vamos conseguir transformar o perfil económico do País. O perfil económico não se transforma com varinhas mágicas, os salários não sobem por varinha mágica. Os salários sobem se houver mais emprego qualificado. E há mais emprego qualificado se as empresas tiverem a capacidade de atrair para Portugal a produção de serviços e bens com maior valor acrescentado, aumentando a competitividade», sublinhou.

Persistência

Estas transformações exigem «persistência e não hesitações»: «Se, em 20 anos, Portugal conseguiu quadruplicar o número de alunos no Ensino Superior, é porque durante 40 anos conseguiu-se transformar uma paixão», a da educação, «em algo que se materializou desde o pré-escolar até ao Ensino Superior», disse. 

A «capacidade de alargar cada vez mais a inclusão e a integração no ensino e de, cada vez mais, ter ensino de maior qualidade, dá sentido à exigência necessária para termos quadros altamente qualificados», acrescentou.

O Primeiro-Ministro afirmou que são objetivos centrais a qualificação das gerações mais jovens, mantendo-as no País, e a requalificação profissional de grande parte dos atuais trabalhadores, principalmente em áreas tecnológicas.

«Temos de continuar a diminuir o abandono escolar precoce, aumentar o acesso ao Ensino Superior, aumentar o número de alunos que conclui mestrados e avança para doutoramentos. Isto é crucial», disse, acrescentando que, para isto, «é muito importante termos oferta de Ensino Superior em mais de 100 localidades do País».