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2021-03-02 às 15h17

Primeiro-Ministro apela ao sentido cívico para confinamento ser mantido com rigor

Primeiro-Ministro António Costa durante a visita ao Hospital Curry Cabral, Lisboa, 2 março 2021 (Foto: André Kosters/Lusa)
O Primeiro-Ministro António Costa apelou a todos os portugueses que possam manter o rigor das regras do confinamento e reiterou que a pandemia só pode ser travada através da contenção dos comportamentos das pessoas.

Durante a visita ao Hospital Curry Cabral, que assinalou o primeiro ano da pandemia de Covid-19 em Portugal, António Costa reiterou a necessidade de manter o confinamento para garantir o controlo da pandemia: «Sei que o cansaço vai acumulando, as necessidades vão aumentando e que o risco de desemprego e de destruição das empresas vai aumentando. Mas não podemos repetir o que aconteceu na primeira vaga, nem o que aconteceu na segunda vaga, nem o que aconteceu neste trágico mês de janeiro».

«Não podemos esquecer o que se passou porque a ideia de que as tragédias não se repetem é uma ideia falsa. As tragédias repetem-se quando se repetem os erros que se traduziram nessas tragédias. Convém manter bem a memória porque é a melhor forma de apoiar os excelentes profissionais de saúde», acrescentou.

António Costa elogiou a «excelência de todos os profissionais de saúde» pelo trabalho que desenvolveram durante os últimos doze meses e reiterou que a melhor forma de apoiar quem está dentro dos hospitais «a dar o seu melhor para salvar a vida de que tem a vida em risco» é «uma enorme disciplina na contenção».

«É a forma como nos comportamos lá fora que nos ajudará a travar esta pandemia. Aqui [nos hospitais] tratam-se doentes e salvam-se vidas mas é lá fora que se trava a pandemia, cada um de nós, com o nosso comportamento, com o uso de máscara, com a higiene das mãos, com o distanciamento físico e com a privação dos contactos sociais», disse.

Esforço dos profissionais de saúde e dos hospitais

O Primeiro-Ministro reforçou também os parabéns a «todos os profissionais de saúde que, ao longo de todo o ano, deram o seu melhor para tratar e salvar vidas». «Foi um trabalho extraordinário e quero agradecer profundamente a todos», acrescentou.
António Costa referiu que houve «um grande esforço de investimento, na readaptação dos serviços e funcionamento dos hospitais, com enfermarias a serem readaptadas e hospitais a reinventaram-se» para poderem responder às necessidades provocadas pela pandemia de Covid-19.

«Tudo só foi possível graças à excelência dos nossos profissionais de saúde», insistiu, referindo também a prioridade de «ir libertando os espaços ocupados pelos doentes Covid para tratar todos os outros doentes que também existem, que têm direito a ser tratados e não podem continuar a adiar o seu tratamento».

A Ministra da Saúde, Marta Temido, também esteve presente na visita e homenageou «o trabalho de todos os profissionais de saúde». «Não podemos deixar de nos emocionar com a capacidade dos nossos profissionais de saúde, do Serviço Nacional de Saúde e de todo o sistema de saúde português de responder a esta dificuldade», disse.

Marta Temido destacou ainda que Portugal tem hoje mais vacinados do que doentes infetados por Covid-19. «É um sinal que nos deve obrigar a olhar para o futuro com coragem e esperança renovada», disse.