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2020-02-17 às 11h41

Primeiro-Ministro afirma solidariedade com futebolista Marega

O Primeiro-Ministro António Costa manifestou a sua solidariedade com o futebolista Marega e repúdio total pelos insultos racistas de que foi alvo durante um jogo de futebol em Guimarães. 

«Todos temos de expressar a solidariedade com ele e repúdio total por este tipo de comportamento», disse, acrescentando esperar que o caso «sirva de exemplo para que não se repita em mais nenhum estádio».

O Primeiro-Ministro disse ainda que aguarda que «as autoridades ajam como lhes compete, de forma a impedir que volte a acontecer», numa declaração à imprensa à entrada para uma reunião da Comissão Permanente de Concertação Social, em Lisboa. 

António Costa, que já tinha publicado um tweet sobre o assunto, disse que o jogador de futebol «provou duplamente a sua capacidade»: «Primeiro desportivamente (…), mas sobretudo como cidadão, explicando que há limites para tudo e que é inaceitável este tipo de comportamentos nos recintos desportivos». 

O jogador Marega pediu para ser substituído, durante um jogo entre o Futebol Clube do Porto e o Vitória de Guimarães, por ter ouvido cânticos e gritos racistas.

O Primeiro-Ministro disse ainda que o que se passou «foi absolutamente lamentável porque o desporto tem de ser um local de convívio, de valorização do melhor de cada um de nós tem, e não pode ser nem o palco de violência nem de expressão de valores que violam a dignidade da pessoa humana, como o racismo«.

António Costa afirmou que há duas vias complementares para lidar com estes problemas.

Uma, «é aquela que está já desencadeada tendo em vista identificar quem são os responsáveis, (...) puni-los e aplicar também o novo quadro legal, que já foi aprovado há um ano, que endurece, quer a punição dos agentes, quer dos clubes, relativamente a práticas de violência quer a práticas de racismo».

«Há, depois, um trabalho de fundo que é de toda a sociedade, que é promover os valores da defesa da dignidade da pessoa humana e compreender que o racismo é talvez uma das formas mais brutais de expressão de violação de dignidade da pessoa humana», acrescentou.