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2020-09-09 às 22h25

«Precisamos de mais projetos transformadores no território»

Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, no Complexo Agroindustrial do Cachão, Mirandela, 9 setembro 2020
A Ministra da Coesão Territorial, Ana Abrunhosa, visitou esta quarta-feira Vila Flor, onde conheceu alguns dos projetos que o município tem em curso.

Acompanhada pelo presidente da Câmara, Fernando Barros, a Ministra visitou as obras de requalificação do edifício dos Paços do Concelho, a qualificação urbana da Praça da República, a reabilitação do edifício que vai acolher a Casa das Artes Graça Morais  - a artista é natural de Vila Flor e esta é uma aposta forte no turismo - as recentes piscinas do Complexo Turístico do Peneireiro e, ainda, a Escola Básica de Vila Flor.  

As obras ascendem a um investimento de sete milhões de euros, com financiamento de fundos europeus. 

«Mais do que falar do futuro, porque o que já está no terreno deixa de ser preocupação, viemos conversar com o autarca e a sua equipa e conhecer os projetos para o futuro. Mas visitámos estas obras com grande satisfação, sobretudo por compreendermos que está a ser dada prioridade à educação, ao ensino, à cultura, à qualidade de vida de quem aqui vive e de quem vem de visita. São obras de valorização do território de grande importância», disse Ana Abrunhosa. 

Revitalização do Complexo Agroindustrial do Cachão
 
Ao autarca de Vila Flor juntou-se depois a presidente da Câmara de Mirandela, Júlia Rodrigues para, em conjunto, apresentarem o plano para a revitalização do Complexo Agroindustrial do Cachão, um marco da economia dos anos 60 e 70 do século passado na região. o objetivo é conseguirem agora torná-lo um projeto âncora para as Terras de Trás-os-Montes.

Ana Abrunhosa teve oportunidade de conhecer uma «pequena cidade industrial, embora de outra época», e considerou que este pode ser um excelente exemplo de coesão territorial, contribuindo para a dinamização de uma zona onde, apesar de existir pouca atividade económica, há um enorme potencial.

«É muito importante virmos ao local e ver a realidade. Agora, esperamos para ver em detalhe o plano de viabilidade económica e financeira», disse a Ministra, acrescentando que, para «voltar a dar vida ao Complexo do Cachão, terá de haver algumas condições: o projeto terá de ser sustentável, terá de acrescentar valor à economia local, deverá permitir a internacionalização dos nossos produtos. E, para ser viável, terá também de ter investidores privados».

A revitalização do Cachão deverá envolver todos os atores da região, da Comunidade Intermunicipal Terras de Trás-os-Montes aos autarcas, passando pelas associações empresariais, pelos produtores locais, e pelas entidades do Ensino Superior mais próximas: o Instituto Politécnico de Bragança e a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro.

«Se conseguirmos que funcione ao serviço da economia local, que lhe acrescente valor, atraindo investimento nacional e estrangeiro, o projeto tem tudo para andar para a frente. Mas terá de ser por fases», explicou a Ministra, acrescentando que «a avançar, este é o momento. Estamos a acabar um quadro comunitário, quase a iniciar um novo, e vamos receber as verbas da solidariedade europeia, através do Plano de Recuperação e Resiliência. Acresce que a pandemia nos ensinou a necessidade de sermos autossuficientes em áreas essenciais».

Apesar de muito degradado e de, nos últimos anos, ter sido fustigado por dois incêndios que resultaram em toneladas de resíduos, os 25 hectares do Complexo não estão totalmente ao abandono, já que ainda ali operam várias empresas, e algumas delas com sucesso. É o caso do Laboratório Regional de Trás-os-Montes, que há 26 anos assegura a realização de análises de água para uma parte muito significativa do país, e de um matadouro de abastecimento público que emprega 26 pessoas. 

Reabilitação da estação ferroviária de Mirandela e Centro de Meios Aéreos de combate a incêndios florestais

Em Mirandela, a governante visitou ainda a estação ferroviária, construída em 1887 e abandonada desde a sua desativação em 1991, que vai agora ser reabilitada e transformada numa casa de artes e cultura, bem como servir de apoio à linha ferroviária do Tua.

A última paragem foi no Aeródromo Municipal, onde funciona o Aeroclube, a escola de aviação e está instalado o Centro de Meios Aéreos de combate a incêndios florestais – e dois aviões médios anfíbios. A autarquia pretende agora construir uma torre de controlo para conseguir a certificação necessária para receber passageiros e mercadorias.