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2021-04-14 às 19h14

Portugal quer triplicar participação de estudantes no Erasmus+

Ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, na apresentação nacional do Erasmus+, Lisboa, 14 abril 2021 (Foto: PPUE)
Os Ministros da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, e da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, destacaram a importância do programa de mobilidade europeia Erasmus+ para o aumento da empregabilidade e manifestaram o objetivo de triplicar a participação de estudantes portugueses.

Em Lisboa, na primeira sessão de apresentação nacional do programa para o período 2021-2027, Manuel Heitor sublinhou que o programa Erasmus «cria um conjunto de competências, de resiliência e adaptação a diferentes realidades que são críticas para muitas condições de empregabilidade».

Tiago Brandão Rodrigues sublinhou que «é inegável que todo e qualquer cidadão europeu que tenha uma experiência de mobilidade aumenta automaticamente a sua capacidade de empregabilidade, mas também a sua consciência de ser europeu».

Os empregadores públicos e privados valorizam cada vez mais a «condição Erasmus» dos candidatos aos postos de trabalho» e o Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior realçou a evolução da participação dos estudantes portugueses neste programa: «Em 20 anos multiplicámos a participação de estudantes portugueses em mobilidade Erasmus em cinco vezes. Foi bom, mas não chega. Hoje, apenas um em cada 10 estudantes que concluem o ensino superior tiveram uma experiência Erasmus. A ideia é garantir que um em cada três jovens possa ter essa experiência».

Manuel Heitor salientou ainda o objetivo de «promover a efetiva inserção das instituições de ensino superior portuguesas, politécnicas e universitárias, públicas e privadas» em redes europeias, reforçando «graus conjuntos e processos de recrutamento» de docentes e investigadores, bem como a sua mobilidade.

Será necessário «modernizar e restruturar a atual agência Erasmus+», com a instalação até ao final de 2021 de delegações «em todas as instituições de ensino superior e em muitas escolas secundárias e profissionais».

O Ministro da Educação destacou que a quase duplicação do orçamento para o período 2021-2027 (de 14,7 mil milhões de euros para mais de 26 mil milhões de euros) é relevante para tornar o programa de mobilidade europeia «verdadeiramente inclusivo» e capaz de «dotar as pessoas com meios para poderem ir, sobretudo aquelas com mais vulnerabilidade económica e social».

«Se pensarmos numa família que coloca, já com dificuldades, os seus filhos a estudar num Instituto Politécnico ou Escola Profissional na capital de distrito ou mais longe, é muito difícil pensar como se pode sonhar e ter o arrojo de ir para uma qualquer capital da Europa. Por isso, a questão do dinheiro não é assim tão periférica e a grande vontade da Comissão Europeia é fazer com que o programa seja verdadeiramente inclusivo», acrescentou Tiago Brandão Rodrigues.

Para além de apoiar projetos de mobilidade para fins de aprendizagem e cooperação dentro e fora da União Europeia, o Erasmus+ 21|27 pretende capacitar projetos centrados na inclusão e nas transições ecológica e digital.

Lançado pela primeira vez em 1987, o programa Erasmus tornou-se Erasmus+ em 2014 de maneira a cobrir novos campos de atividade, como a formação profissional, educação de adultos ou intercâmbio de jovens, animadores de juventude e treinadores desportivos.

Além da oferta de oportunidades de estudo ou de estágio no estrangeiro, o programa investe também em projeto de cooperação transfronteiriças, nomeadamente entre universidades, estabelecimentos de ensino ou organizações de juventude e desportivas.