Portugal é «um verdadeiro campeão» na defesa dos refugiados

O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, esteve reunido com o Alto Comissário das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), Filippo Grandi, em Lisboa, para avaliar a cooperação com Portugal neste âmbito

Numa declaração à comunicação social após a reunião, Eduardo Cabrita disse que o País «tem, nesta matéria, uma posição muito coerente desde há muitos anos», destacando-se assim no quadro europeu:

«Portugal apoia ativamente o papel das Nações Unidas e o papel do ACNUR na defesa dos direitos dos refugiados, na defesa de processos que permitam proteger aqueles que fogem de situações de guerra, de situações de intolerância, de perseguição política ou religiosa», disse.

Eduardo Cabrita afirmou também que Portugal tem participado em todos os programas de recolocação ou reinstalação de refugiados e afirmou que, durante a presidência portuguesa da União Europeia, o País estará totalmente empenhado em trabalhar para que «se criem os consensos necessários para que o pacto sobre Asilo e Migrações possa ter desenvolvimentos significativos» e que se torne «um instrumento essencial para a afirmação do melhor dos valores europeus».

Filippo Grandi, por sua vez, disse que Portugal é um «verdadeiro campeão» na defesa dos refugiados e manifestou o total apoio por parte das Nações Unidas na defesa do Pacto sobre Migração e Asilo.

O Alto Comissário afirmou ainda que o documento constitui «um instrumento muito importante para ajudar a Europa a manter-se fiel aos seus princípios fundadores de solidariedade», mas também para melhor gerir os fluxos migratórios:

«Portugal tem a difícil tarefa, com a presidência da União Europeia, de negociar um acordo sobre esta proposta da Comissão Europeia, mas Portugal tem o apoio total das Nações Unidas, apoio técnico, mas também de princípios, para alcançar este importante objetivo» acrescentou.

Filippo Grandi elogiou também a forma como Portugal tem participado na recolocação de refugiados provenientes do Egito, Turquia ou Síria, nos campos de refugiados na Europa e no acolhimento de 72 crianças não acompanhadas.