O Ministro das Infraestruturas da Habitação, Pedro Nuno Santos, visitou a China Brand Show, um evento que visa aproximar as empresas chinesas das empresas portuguesas e estas às entidades públicas dos dois países.
Na sessão de abertura da exposição, em Lisboa, o Ministro referiu-se aos aos desafios ambientais, à transição energética e às implicações para a indústrias automóvel, relembrando que «Portugal é um País com uma rede viária das mais desenvolvidas da Europa» porque «ao longo dos anos investiu-se bastante na indústria automóvel», uma vez que «o cidadão português valoriza o automóvel como um instrumento da sua autonomia». «Será um meio de transporte sempre central em qualquer estratégia de mobilidade futura», acrescentou.
A propósito da cooperação entre Portugal e a China - que já tem 40 anos - Pedro Nuno Santos referiu que a mesma se traduziu na Parceria Estratégica Global entre os dois países, assinada em 2005, e que foi reforçada, há cerca de um ano, por ocasião da visita do Presidente Xi Jinping a Portugal.
É «uma parceria que promove uma visão estratégica e de longo prazo assente nos princípios de respeito mútuo, do igual tratamento e do benefício recíproco», acrescentou.
Programa Nacional de Investimentos
O Ministro referiu também o Programa Nacional de Investimentos - um documento estruturante com as opções de investimento para a próxima década e sobre o qual o Governo está a trabalhar - onde estão definidos os três grandes objetivos para uma nova geração de infraestruturas de transporte em Portugal: «Reduzir significativamente os tempos de viagem ao longo da faixa atlântica, mudando a forma como as áreas metropolitanas de Lisboa e do Porto se relacionam entre si»; «Reforçar a unidade do território, construindo e requalificando ligações ferroviárias em zonas de menor densidade populacional»; e «transformar o paradigma da mobilidade nas áreas metropolitanas» uma vez que «só uma mobilidade urbana coletiva onde a ferrovia seja estruturante da rede permitirá que as cidades devolvam o espaço público às pessoas».
Para Pedro Nuno Santos, esta é «uma oportunidade à qual as empresas chinesas já estão a responder, em particular para os metros de Lisboa e do Porto, e desejamos que assim o possam continuar a fazer».
O Governo está «naturalmente aberto à criação de parcerias tecnológicas e comerciais com empresas chinesas especializadas em componentes que sirvam setores congéneres como são o automóvel e o ferroviário», estabelecendo «parcerias comerciais, fortalecendo sinergias entre setores industriais e, assim, reforçando os 40 anos de relações diplomáticas entre os dois países», concluiu.