Saltar para conteúdo
Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

Notícias

2020-07-06 às 19h41

Portugal deve tornar-se «mais criador»

Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor

O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor, afirmou que o grande desafio do País é tornar-se criador e apostar na «formação ao longo da vida».

 «Hoje sabemos que um dos principais desafios é ao nível da atualização de competências da população adulta, mas também da reconversão da nossa população, sobretudo, porque temos neste momento mais de 100 mil desempregados» devido à pandemia, disse Manuel Heitor, no encerramento da conferência «40 anos de Ciência e Conhecimento: capacitar as empresas para novos desafios», que decorreu no Porto.

 «No contexto puramente funcional o principal desafio é como é que podemos usar esta conquista de sermos um País forte ao nível inovador, para sermos também um País forte a nível criador» e como é que «esta capacidade de inovação pode gerar o emprego necessário, certamente diversificando a economia», afirmou o Ministro.

 Perante a «depressão demográfica inédita em Portugal» que vamos ter «nas próximas décadas» - «temos cerca de 112 mil jovens em Portugal com 20 anos e em 2030, se não houver nenhuma progressão migratória, teremos 85 mil jovens com 20 anos em Portugal» - Manuel Heitor disse que «não há outra solução se não cada vez mais formarmos mais pessoas».

 Na sessão de abertura das celebrações do 40.º aniversário do Instituto de Engenharia de Sistemas e Computadores, o Ministro destacou também a ousadia dos seus fundadores em criar uma instituição científica independente e autónoma, fazer acontecer ciência experimental, perceber que era preciso «densificar e diversificar o tecido económico», transformar os setores e «escalar Portugal».

 Manuel Heitor referiu ainda a ambição de Portugal atingir, até 2030, 2% do Orçamento Europeu, por forma a se ter «uma Europa com mais Portugal», mas ter um Portugal «também com mais Europa».