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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2021-09-29 às 12h02

«Portugal deve orgulhar-se da forma exemplar como os seus militares desempenharam as suas tarefas no Afeganistão»

Cerimónia de receção do Estandarte Nacional da 6ª FND no Afeganistão
O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que «Portugal deve orgulhar-se da forma exemplar como os seus militares desempenharam as tarefas que lhes foram destinadas no Afeganistão, as quais incluiram missões operacionais e de combate num dos mais exigentes e perigosos Teatros de Operações do mundo inteiro».
 
António Costa falava na cerimónia de receção do Estandarte Nacional da 6ª Força Nacional Destacada no Afeganistão no âmbito da NATO Resolute Support Mission, que decorreu no Campo Militar de Santa Margarida, em Constância, onde esteve acompanhado pelo Ministro da Defesa Nacional.
 
O Primeiro-Ministro destacou também a última missão dos militares portugueses no aeroporto de Cabul (missão Solace) que, no final de agosto, consistiu na extração de cidadãos afegãos de Cabul, após a tomada de poder pelos talibã:
 
«Estes militares tinham a difícil missão de identificar, coordenar e encaminhar a extração de cidadãos afegãos que tinham colaborado com as Forças portuguesas ao longo de duas décadas. Mais uma vez os portugueses sentiram-se orgulhosos pela forma como esta missão foi exemplarmente cumprida pelos seus militares», frisou.
 
Na sua intervenção, o Primeiro-Ministro recordou ainda os dois militares portugueses que perderam a vida naquele teatro de operações, durante os 20 anos que decorreu a missão:
 
«O primeiro-sargento de Infantaria Comando, João Roma Pereira, em 2005, e o soldado paraquedista Sérgio Pedrosa, em 2007, honraram com o seu sacrifício as mais nobres tradições das Forças Armadas portuguesas. Perpetuando a memória destes dois militares, cumpre-nos a todos nós portugueses tudo fazer para que esse sacrifício ao serviço do nosso País não tenha sido em vão», afirmou.
 
 
30 anos de missões internacionais
 
Na sua intervenção, o Primeiro-Ministro relembrou ainda os 30 anos das missões internacionais e nas quais mais de 40 mil militares portugueses estiveram envolvidos, sejam elas ao serviço das Nações Unidas, da NATO, da UE e de outras coligações e parcerias bilaterais e multilaterais:
 
«São 30 anos que puseram à prova as excecionais qualidades dos militares portugueses e que demonstram, da parte das nossas Forças Armadas, um extraordinário espírito de serviço e um inabalável compromisso com a defesa dos valores e dos interesses nacionais como quer e onde quer que seja preciso defendê-los», disse.
 
Para António Costa, «a participação em missões internacionais tão variadas - e em situações tão exigentes - tem constituído um contributo fundamental para a modernização das Forças Armadas, para o prestígio de Portugal no mundo», atestando a importância «como instrumento de valor absolutamente singular para a nossa politica externa e a nossa afirmação no mundo».