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2020-06-16 às 12h46

País está mais bem preparado para evitar fogos de grandes dimensões

Ministros da Administração Interna e do Ambiente e da Ação Climática na apresentação do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, Lisboa, 16 junho 2020
O Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, afirmou que o País está mais bem preparado para enfrentar a época de fogos florestais, devido à redução de fogos de grandes dimensões conseguida desde 2017.

Na apresentação do Plano Nacional de Gestão Integrada de Fogos Rurais, publicado em Diário da República, Eduardo Cabrita disse que há mais meios e mais profissionalizados e que os vários componentes do sistema estão mais bem ligados.

O Ministro do Ambiente e da Ação Climática, por sua vez, referiu que a pandemia perturbou os planos iniciais e que os programas de ação e que os mesmos só deverão estar aprovados no próximo outono para, entrarem em vigor a partir do início do próximo ano. 

«Cá estaremos em outubro e novembro a fazer, com a mesma transparência, o balanço de 2020», afirmou João Pedro Matos Fernandes, acrescentando que medidas como: as alterações na gestão da floresta, na limpeza de propriedades - que vêm antes do combate a incêndios - são ações que «muitas vezes, só têm efeitos a médio prazo, em alguns casos a longo prazo».

Eduardo Cabrita disse também que «é nesta dimensão que estamos a mudar o sistema», que «estas transformações são profundas», e que o risco existente foi agravado pelas alterações climáticas.

O Ministro da Administração Interna afirmou ainda que o ano de 2020, conforme previsões da meteorologia, «vai ser um ano difícil», uma vez que em 2018 e 2019 houve temperaturas recorde, nomeadamente na primeira quinzena de agosto de 2018 e em setembro de 2019 e que, mesmo assim, nesses anos, se conseguiu uma redução do número de ignições (menos 49% que na década anterior) e de área ardida (menos 71%).

Eduardo Cabrita disse também que a melhor homenagem que se pode prestar às vítimas dos incêndios de 2017 é «não descansar sobre os resultados de 2018 e 2019».

Mais meios

No dispositivo de combate montado, os números apresentados no plano incluem um aumento de 21% nos efetivos ao serviço durante a fase mais crítica dos incêndios, que passam a ser 11.825. Há ainda 60 meios aéreos (mais 25% que em 2017) contratados a quatro anos, e 329 equipas profissionais de bombeiros já espalhadas pelo território, sendo ainda criadas mais 40 este ano.

Relativamente à participação da GNR no dispositivo de combate, a mesma aumentou de 500 para 1.200 efetivos em unidades de Emergência, Proteção e Socorro. 

O Ministro da Administração Interna relembrou ainda que os bombeiros profissionais vão passar a receber 54 euros (mais quatro)  e que o subsídio de alimentação, durante a fase de combate, foi aumentado 10%.

Quanto ao sistema de comunicação de emergência, o SIRESP, está desde de dezembro Eduardo Cabrita disse que o mesmo está «a ser gerido publicamente» e teve um reforço de 400 antenas satélite.
            
Relativamente às medidas para melhor gerir a floresta, João Pedro Matos Fernandes destacou os 100 milhões de euros (mais 45 milhões) do Fundo Ambiental para pagar serviços de ecossistemas – como o «plantar e gerir» – aos proprietários florestais em contratos a 15 ou 20 anos.