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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2021-10-24 às 18h13

OE2022 visa «criar condições para o crescimento num momento muito importante no nosso País»

Conferência de imprensa sobre o Orçamento do Estado para 2022
O Secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, afirmou que a proposta do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022) «tem como objetivo central criar condições para o crescimento num momento muito importante no nosso País», após «um ano marcado pela Pandemia, onde tivemos um conjunto de consequências muito negativas no tecido económico e social».

«A nossa expetativa é que o OE2022 seja um instrumento fundamental para a recuperação», disse Duarte Cordeiro, durante a conferência de imprensa sobre a proposta, que decorreu em Lisboa, e onde estiveram também a Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, e a Ministra da Saúde, Marta Temido.

Relativamente ao processo negocial feito com os diversos partidos para aprovação da OE2022, Duarte Cordeiro afirmou que a atitude do Governo tem sido «muito construtiva» e «serena», procurando «sempre responder não só a matérias em concreto» como, também, «dar avanços com respostas concretas» através da aprovação recente, em Conselho de Ministros, de reformas como: «estatuto do profissional de saúde, como desenvolvimentos da Lei de Bases da Saúde»; «agenda do trabalho digno com vista a combater a precaridade»; e, finalmente, «estatuto dos profissionais da cultura com vista a criar melhores condições para os trabalhadores da cultura».

O Secretário de Estado relembrou também que a proposta do OE2022 «tem subjacente o maior aumento do salário mínimo nacional de 40 euros; o aumento dos funcionários da administração pública; a continuação da reforma do IRS, com desagravamento de dois escalões do IRS». No que diz respeito às pensões a proposta do Governo prevê «o maior aumento extraordinário de pensões até 1000 euros» e, ao nível do Serviço Nacional de Saúde (SNS), «um aumento de 700 milhões de euros».

Dotações orçamentais para a saúde crescem 3252 milhões de euros

A Ministra da Saúde, por sua vez, disse que, «relativamente à área da saúde e ao setor do SNS, em concreto, o OE2022 aprofunda aquilo que é o investimento no SNS, desde logo em termos estritamente orçamentais» e explica: 

«De 2015 até 2022 - incluindo a componente 2021, 2022 de 700 milhões de euros - as dotações orçamentais para o SNS crescem 3252 milhões de euros. Este é claramente um orçamento de reforço, um orçamento de quem acredita nos serviços públicos e entre eles no SNS», afirmou. 

Marta Temido disse ainda que, para além do reforço dos meios afetos ao SNS, previsto na proposta do Governo, o OE2022 contempla «várias normas relacionadas com a área da saúde», tendo por trás «um conjunto de escolhas políticas que se prendem com a capacidade de execução, de materialização de um novo estatuto para o SNS». 

«Por isso o Governo escolheu alinhar a apresentação do estatuto do SNS, que traduz o aperfeiçoamento dos compromissos políticos assumidos da nova Lei de Bases da Saúde e dos compromissos políticos que constam do programa do Governo para um normativo que visa conferir estabilidade a um conjunto de escolhas políticas que se não forem feitas correm o risco de ser perdidas», acrescentou Marta Temido.

Mais 949 milhões de investimento no Estado Social e na Segurança Social

A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social destacou, na sua intervenção, o facto de, «na dimensão do Estado Social e na dimensão do investimento social da Segurança Social (SS), este é o Orçamento do Estado com mais 949 milhões de euros, face ao orçamento do Estado para 2021».

«Se não contarmos com as despesas Covid - o que significa se compararmos nomeadamente com anos de verdadeira contenção social, como foi o anos 2014 - é um orçamento que tem mais 7 mil milhões de euros dedicados àquilo que aqui chamo de investimento social nas várias dimensões», detalhou.

Após elencar as várias medidas previstas no OE2022 na área do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho afirmou que estas opções políticas devem «resultar de compromissos e não de imposições» e «não podem colocar em risco nem desperdiçar» a oportunidade estratégica e determinante que o País vive neste momento».