A Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, Ana Mendes Godinho, afirmou que o Observatório Nacional de Emergência Social surge num momento «em que é preciso que todos os ensinamentos da pandemia se transformem numa resposta mais eficaz a quem mais precisa, onde precisa e no momento em que precisa».
Durante a apresentação pública da nova iniciativa do Instituto de Segurança Social, que decorreu por videoconferência, a Ministra destacou que este Observatório «pode ser uma forma de fazer reset para haver capacidade de leitura de fora, de alguém que não está consumido pelo que se passa no terreno».
«Essa é a exigência da emergência social, conseguir responder a cada uma das pessoas de forma personalizada, não banda larga, que não responde às necessidades concretas das pessoas», acrescentou.
Ana Mendes Godinho realçou ainda a Rede de Respostas Integradas em Emergência Social (RRIES), criada pelo Instituto de Segurança Social, que permite garantir uma resposta adicional nos períodos da noite, fins-de-semana e feriados em articulação com as instituições no terreno.
Um dos destaques feitos durante o lançamento foi o papel desempenhado pela Linha de Emergência Social (144), que entre 1 de janeiro e 30 de outubro de 2021 atendeu 14 mil pessoas.
Os beneficiários da Linha 144 são sobretudo pessoas com idade entre os 31 e os 64 anos (51%), que vivem no litoral do País, principalmente em Lisboa (35%), Porto (18%) e Setúbal (10%).
A Linha 144 foi ativada em 3.492 situações de ausência ou perda de autonomia por doença e em 4.221 casos de violência doméstica.
Houve também 5.677 casos relacionados com pessoas em situação de sem-abrigo e 5.802 casos de pessoas que perderam a autonomia por motivos económicos, além de outras 5.835 que foram vítimas de desalojamento por rutura familiar.