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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2019-11-15 às 11h39

«O que propomos não é uma eliminação administrativa das retenções»

O Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, afirmou que o Programa do Governo não defende a eliminação dos chumbos, mas antes pretende garantir que nenhum aluno «fica para trás».
 
«O que propomos não é uma eliminação administrativa das retenções», afirmou em entrevista à agência Lusa, lembrando que Portugal é «um dos grandes totalistas em percentagem de retenções» da Europa, com quase 35% dos alunos com 15 anos a contarem com pelo menos um chumbo.
 
«As retenções nunca levam esses alunos a bom porto. Muito provavelmente levam ao abandono escolar ou uma nova repetição de ano», afirmou, acrescentando que cabe às escolas e aos professores «trazer esses alunos para dentro da escola, para que nenhum possa ficar para trás».
 
«Não queremos administrativamente diminuir as retenções», sublinhou Tiago Brandão Rodrigues. «Queremos fazer aquilo que é mais difícil, que é agarrar em cada um dos nossos alunos, principalmente aqueles que estão em meios socioeconomicamente mais desfavorecidos, com famílias com menos capacidade, para os ajudar no seu trabalho», disse ainda.
 
Reforçar o que já foi feito
 
O Programa do Governo pretende intensificar as medidas iniciadas na anterior legislatura, como o Plano Nacional de Promoção do Sucesso Escolar, que permitam às escolas encontrar soluções adaptadas a cada um dos alunos. 

Uma das medidas foi a criação do apoio tutorial específico, em que um pequeno grupo de dez alunos com um historial de chumbos é acompanhado por um professor. 
 
«Temos de encontrar medidas que possam coadjuvar o trabalho dos professores e, sempre que necessário, que possam robustecer o corpo docente, mas, acima de tudo, também (queremos) poder estabilizar esse corpo docente», referiu o Ministro. 

«Em termos orçamentais, teremos de continuar a fazer aquilo que conseguimos fazer durante quatro anos: subir de forma sistemática e paulatina o orçamento do Ministério da Educação», concluiu.
Áreas:
Educação