A Ministra da Saúde, Marta Temido, afirmou que a capacidade do País em cuidados intensivos ainda não foi totalmente utilizada na resposta à Covid-19.
Na conferência de imprensa diária relativa à evolução da pandemia no País, em Lisboa, Marta Temido disse também que houve «um aumento de 35% destas camas em 60 dias».
«Passámos de cerca de 528 camas de adultos, para 713», disse a Ministra, acrescentando que o Governo vai continuar «a alargar» a capacidade do País no que toca aos cuidados intensivos, «de forma a nos aproximarmos daquilo que é a meta, que é a de ficarmos na média europeia de 11,5 camas de cuidados intensivos, por 100 mil habitantes».
Primeira semana de desconfinamento é «encorajadora»
Relativamente à primeira semana de desconfinamento, Marta Temido disse que a mesma «é encorajadora», dados os comportamentos registados, mas frisou a necessidade de preservar «regras distintas» para haver uma retoma gradual à «normalidade possível».
A Ministra referiu também que «temos de continuar atentos, mas temos também de combinar a atenção, a preservação das medidas que aprendemos, com a confiança na nossa necessidade de retomar a normalidade possível, da nossa vida, com regras distintas das que todos desejaríamos, mas necessárias para retomar a nossa atividade laboral, escolar e económica».
Mortalidade com «diminuição consistente» desde 15 de abril
Durante a sua intervenção, Marta Temido disse também que a curva de mortalidade por covid-19 revela uma «diminuição consistente» desde 15 de abril, mas o risco de um infetado contaminar outras pessoas indica que continua a ser necessária proteção diária.
Referindo-se aos dados do Instituto Ricardo Jorge, a Ministra disse que o RT - indicador referente ao número médio de casos secundários de contaminação por cada pessoa infetada - se fixou, entre 01 e 05 de maio, em 1,04, o que mostra que o número de novos casos a cada geração é «relativamente constante».