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2021-01-05 às 16h28

Nova resposta de apoio psicológico para crianças e jovens vítimas de violência doméstica

Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, na assinatura do protocolo com a Ordem dos Psicólogos, Lisboa, 5 janeiro 2021
A Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade, Rosa Monteiro, lançou um concurso com a dotação de 2,788 milhões de euros para o reforço do apoio psicológico e psicoterapêutico para crianças e jovens vítimas de violência doméstica atendidas e/ou acolhidas na Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica (RNAVVD), no âmbito do Programa Operacional Inclusão Social e Emprego. 

O objetivo é colmatar as necessidades de serviços de apoio especializado, privilegiando abordagens psicoterapêuticas focadas no trauma, e que assumem a designação de RAP - Respostas de Apoio Psicológico para crianças e jovens vítimas de violência doméstica. Para garantir a robustez e consolidação desta intervenção, a Comissão para a Cidadania e a Igualdade de Género e a Ordem dos Psicólogos Portugueses (OPP) assinaram também um protocolo de colaboração. 

A Secretária de Estado para a Cidadania e a Igualdade destacou que «o envolvimento com a OPP é estratégico para acompanhar e apoiar a criação destas novas respostas, assegurar a formação e supervisão dos/as psicólogos/as a recrutar para a rede nacional, incluindo através da definição de recomendações e protocolos de atuação específicos, promover a mudança de paradigma na intervenção junto de crianças e jovens vítimas de violência doméstica e, especialmente, a criação de massa crítica de profissionais nesta área, designadamente através de uma bolsa de especialistas».

O impacto da violência doméstica contra crianças e jovens assume uma expressão que exige uma intervenção mais atenta, designadamente na Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica. 

Entre 2015 e 2019, foram acolhidas nas casas de abrigo e nas respostas de acolhimento de emergência da RNAVVD, com as suas mães, um total de 7414 crianças e jovens, tornando urgente promover respostas de apoio especializado para estas vítimas de violência doméstica, tendo em conta a sua vulnerabilidade e necessidades específicas. 

«Não obstante todo os esforços das equipas técnicas destas estruturas, focado na especificidade de ser criança, ser jovem, faltava esse acompanhamento mais especializado e daí termos decidido fazer este reforço e esta abordagem nas estruturas da rede, seja atendimento ou acolhimento», disse Rosa Monteiro após a assinatura.

O protocolo com a Ordem dos Psicólogos vai também servir «para robustecer o conhecimento desta área a nível de conhecimento, desenvolvimento científico, mas também profissional», além de visar criar uma bolsa de psicólogos com o perfil necessário para este trabalho, à qual as estruturas da rede irão recorrer.

Podem candidatar-se, até ao dia 17 de fevereiro, as entidades públicas ou privadas que sejam gestoras de estruturas de atendimento da RNAVVD, as quais devem garantir a prestação de apoio às crianças e jovens que sejam atendidas e acolhidas no território da respetiva Comunidade Intermunicipal.