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2021-01-25 às 16h33

«Nem a pandemia nem a crise podem ofuscar a igualdade»

Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, na reunião de Alto Nível para o Mainstreaming de Género, Lisboa, 25 janeiro 2021
A Ministra de Estado e da Presidência, Mariana Vieira da Silva, afirmou que a crise pandémica «não pode ofuscar» a agenda da igualdade entre mulheres e homens, na União Europeia (UE).

Mariana Vieira da Silva falava na sessão de abertura da reunião de Alto Nível para o Mainstreaming de Género, no âmbito da Presidência do Conselho da União Europeia, onde referiu que «a Covid-19 pôs as desigualdades em evidência» e que, «como qualquer crise, é mais difícil para os mais vulneráveis».

A Ministra destacou também a importância de «coordenação entre os países» da UE, para se obter «progressos tangíveis» em matéria de igualdade, acrescentando que «se até aqui as desigualdades de género eram óbvias, agora são impossíveis de ignorar».

Mariana Vieira da Silva relembrou que a agenda da igualdade é uma das prioridades da presidência portuguesa do Conselho da UE e que, neste âmbito, será reforçada a proteção das vítimas de violência, «cuja vulnerabilidade aumentou com o isolamento imposto pela pandemia».

A Ministra disse ainda que Portugal quer «começar as negociações» do dossiê da transparência salarial, prometendo «trabalhar com todos os Estados-membros, sem exceções».

A diretora para a Igualdade da Direção Geral de Justiça e Consumidores da Comissão Europeia, Irena Moozova, por sua vez, realçou que «ainda não é claro qual será o impacto da crise nas disparidades salariais entre mulheres e homens, que é hoje de 14 por cento na Europa».

Irena Moozova afirmou que aguarda com expectativa que a nota de pesquisa sobre o impacto da pandemia nas mulheres que a presidência portuguesa encomendou ao Instituto Europeu para a Igualdade de Género.

«A crise não está a afetar homens e mulheres da mesma maneira. As mulheres estão mais vulneráveis. O trabalho doméstico não pago intensificou-se ainda mais durante os confinamentos», disse ainda.