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2020-08-18 às 12h53

«Não podemos baixar a guarda na prevenção dos riscos de incêndio»

Primeiro-Ministro António Costa, Ministro Eduardo Cabrita, e Secretária de Estado Patrícia Gaspar na chegada ao centro de comando da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, Oeiras, 18 agosto 2020 (Foto: Tiago Petinga/Lusa)
O Primeiro-Ministro, António Costa, afirmou que o País não pode baixar a guarda na prevenção aos incêndios e que é «absolutamente fundamental evitar todos os comportamentos de risco» na floresta e nos campos, do mesmo modo que, no caso da pandemia, «usamos máscaras nos locais onde ela é necessária, lavamos constantemente as mãos e mantemos a etiqueta respiratória».

Numa declaração após uma reunião do Centro de Coordenação Operacional Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, em Oeiras, António Costa afirmou que pôde constatar que «a Proteção Civil tem feito um trabalho extraordinário ao longo de todo este ano», compatibilizando o «seu trabalho normal» com a «situação tão excecional» de pandemia que estamos a viver.

Apelando a que todos os portugueses sejam também «agentes de proteção civil», sublinhou que o novo coronavírus «não consumiu os outros riscos». 

António Costa prestou ainda a sua homenagem aos quatro bombeiros e ao piloto que perderam a vida no combate aos incêndios deste ano, relembrando que só um comportamento responsável de todos poderá evitar mais mortes. «Se todos fizermos o nosso trabalho, aqueles que são bombeiros ou agentes de proteção civil terão menores situações de combate para enfrentarem e menores riscos que, como vimos este ano, tiraram mesmo a vida» a alguns, acrescentou.

Na reunião estiveram também presentes o Ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, e a Secretária de Estado da Proteção Civil, Patrícia Gaspar.

Números até 16 de agosto

No período compreendido entre 1 de janeiro e 16 de agosto de 2020, verificou-se um total de 6 678 incêndios rurais que resultaram em 36 529 hectares de área ardida. Comparando estes valores com a média dos 10 anos anteriores, registou-se menos 44% de incêndios rurais e menos 49% de área ardida. 

O ano de 2020 apresenta, assim, o segundo valor mais reduzido em número de incêndios e o quinto valor mais reduzido de área ardida, desde 2010.

Em 2020 os incêndios com área ardida inferior a 1 hectare são quase 9 em cada 10 (87 % do total de incêndios rurais), e os incêndios de maior dimensão (acima de 1000 hectares ardidos) foram apenas 7.

Com área ardida igual ou superior a 100 hectares registaram-se 39 incêndios, que resultaram em 30 264 hectares de área ardida, cerca quatro quintos da área ardida (83% da área ardida).

Estes números devem-se às melhorias introduzidas desde 2017 na coordenação do sistema de alerta e combate e na organização dos serviços que permitiu reduzir o combustível, recuperar áreas ardidas, melhorar a segurança das aldeias e povoados.

Melhoram ou foram criados o sistema de alerta à população, o sistema de vigilância, fiscalização e deteção de fogos, os sistemas de comunicações e foi reforçado o dispositivo de combate, que teve um aumento de um quinto face a 2017, passando de 9 700 pessoas para 11800, e de 48 meios aéreos para 60.