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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2021-11-05 às 15h40

Ministro do Mar debateu papel do oceano na adaptação às alterações climáticas na COP26

Ministro do Mar, Ricardo Serrão Santos, no Dia de Ação do Oceano na 26ª cimeira da ONU sobre alterações climáticas (COP26), Glasgow, 5 novembro 2021
No Dia de Ação do Oceano na 26ª cimeira da ONU sobre alterações climáticas (COP26) foi debatida a necessidade de adotar medidas ambiciosas e urgentes para a saúde do oceano, tendo o Ministro do Mar português, Ricardo Serrão Santos, realçado a importância do nexo oceano-clima, nas várias intervenções que fez na cimeira, a 5 de novembro, em Glasgow (Escócia). 

«Portugal está empenhado no seu papel de liderança na procura de soluções cooperativas para promover um oceano saudável e produtivo, destacando o nexo oceano-climático. O nosso País está muito empenhado na implementação de todos os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Agenda 2030 da ONU, mas em particular o ODS 14, dedicado aos oceanos», disse o Ministro do Mar no painel dos "Blue Leaders", no qual participaram governantes de Antígua, Bélgica, Colômbia, Chile, Espanha, Palau, Seychelles e Panamá, bem como a oceanógrafa e presidente da Mission Blue, Sylvia Earle, entre outras personalidades.

As alterações climáticas, tema central da COP26, representam grandes desafios para o oceano: aumento de ondas de calor marinhas, acidificação e mudanças nos padrões de funcionamento dos ecossistemas marinhos, com sérios impactos na riqueza e distribuição das espécies, o que tem também consequências sociais e económicas para os seres humanos.

Num painel sobre Áreas Marinhas Protegidas e Adaptação Climática, o Ministro Ricardo Serrão Santos salientou a necessidade de proteger pelo menos 30% do oceano global até 2030. Este objetivo está inserido na Estratégia Nacional para o Mar 2021-2030 de Portugal e o governo está a preparar legislação para estabelecer uma rede coerente e resiliente de Áreas Marinhas Protegidas.

«Ao fim de quase dois anos de transformação causada pela pandemia de Covid-19, devemos mais do que nunca abordar eficazmente a questão da conservação e do uso sustentável do oceano. Não podemos desperdiçar esta oportunidade, tal como foi eloquentemente dito pelo "dinossauro" da campanha "Não Escolham a Extinção", divulgada, por estes dias, pelo Programa da ONU para o Desenvolvimento», exortou o Ministro do Mar.

O oceano proporciona-nos alimento, energia, rotas de comércio e outros valores económicos. Cobrindo mais de 70% da superfície da Terra, absorve parte das emissões de dióxido de carbono derivadas da atividade humana e mais de 90% do excesso de calor criado pelos gases com efeito de estufa. É, por isso, crucial mobilizar meios financeiros e promover uma governação baseada no conhecimento científico. 

«A Década das Nações Unidas para a Ciência dos Oceanos, que vai deste ano até 2030, e os Processos Mundiais de Avaliação dos Oceanos, realinharam a ciência com os desafios da humanidade. Estamos conscientes de que a segunda Conferência dos Oceanos das Nações Unidas faz parte desse processo abrangente e convido-vos a virem a Lisboa, na esperança de podermos cumprir, o mais rapidamente possível, os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável», disse o Ministro Ricardo Serrão Santos, num painel sobre a conferência que os governos de Portugal e do Quénia coorganizarão, em Lisboa, de 27 de junho a 1 de julho de 2022.