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O Ministro da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor destacou a importância do debate e do diálogo entre ciência e sociedade, no atual contexto de «risco e incerteza».
Manuel Heitor falava na abertura do Encontro Ciência 2020, a decorrer no Centro de Congressos de Lisboa entre 3 e 4 de novembro, sob o tema «Ciência em Portugal para uma Europa mais Resiliente».
Na sua intervenção o Ministro destacou o movimento «Patient Innovation», desenvolvido em Portugal e que tem atraído diversos cientistas internacionais e prémios nobel:
Este movimento «é hoje - à escala do mundo - reconhecido e,
sobretudo, apoia um processo de empowerment dos cidadãos e da população em
geral com outras pessoas que precisam do conhecimento para poder dialogar»,
explicou Manuel Heitor.
Evolução da ciência na Europa e em Portugal
Sobre o tema do encontro, o Ministro referiu o comunicado da Comissão Europeia, de 20 de setembro, que reforça a necessidade dos países duplicarem, na próxima década, «o investimento público em ciência e tecnologia» e multiplicarem «pelo menos mais três vezes, o investimento privado em investigação e desenvolvimento de forma a que, em 2030 - e em qualquer zona europeia - estes valores cheguem a 3% da riqueza gerada».
Manuel Heitor afirmou também que «Nos últimos anos, na Europa, o investimento esteve praticamente estagnado, representando 2% da riqueza gerada e, por isso, é esta a altura - mais do que nunca - para afirmarmos a ciência e a tecnologia» o que «só é possível se abrirmos o dialogo à sociedade».
No caso português, Manuel Heitor destacou o facto de, em 2019, se ter atingido uma despesa de 3 mil milhões de euros, representando 1,4 % do PIB. O Ministro referiu, contudo, que «é preciso fazer mais do que isso» pelo que o Governo delineou, para 2030, um trajeto de mais investimento face aos valores atuais. Referiu ainda o Orçamento do Estado para 2021 já inclui «um aumento de 4% do orçamento da FCT, conjugado com a articulação de fundos comunitários».
Sobre a adesão ao ensino superior, o Ministro relembrou que houve também «um crescimento nunca visto em Portugal»:
«Nos últimos cinco anos passámos de cerca de 350 mil
estudantes para 400 mil estudantes no ensino superior. Queremos chegar a 2030
com 6 em cada 10 jovens de 20 anos no ensino superior», disse, acrescentando
que o Plano de Recuperação e Resiliência já prevê um impulso para jovens e
adultos aumentarem a sua formação.
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