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Histórico XXII Governo - República Portuguesa Voltar para Governo em funções

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2020-08-26 às 18h41

Ministra da Agricultura e Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural visitam região vitivinícola do Tejo

A Ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, e o Secretário de Estado da Agricultura e do Desenvolvimento Rural, Nuno Russo, acompanharam as vindimas nos concelhos do Cartaxo e de Alpiarça.

Ao longo do dia, os dois governantes participaram na vindima da Adega Cooperativa do Cartaxo e da Quinta da Lagoalva, onde tiveram também oportunidade de falar das medidas de crise para o setor do vinho, lançadas recentemente pelo Ministério da Agricultura, visando garantir melhores condições de estabilização e retoma socioeconómicas.

Recorde-se que, tendo em conta os impactos derivados do contexto marcado pela pandemia Covid-19, o Ministério da Agricultura definiu um pacote de medidas de crise para apoio ao setor dos vinhos, no valor de 18 milhões de euros. Deste valor, 12 milhões de euros destinaram-se à destilação de vinho e 6 milhões de euros para o armazenamento.

«Os resultados consolidados das medidas de crise adotadas demonstram uma boa adesão por parte dos produtores nacionais. Pelo facto de não se ter esgotado a dotação total de 18 milhões de euros, não houve, assim, necessidade de rateio, tendo-se conseguido uma maior flexibilidade nos instrumentos financeiros que o Governo colocou à disposição do setor», referiu a Ministra da Agricultura.

O montante global apurado foi de cerca de 11 milhões de euros: 2.600 milhões de euros para o apoio ao armazenamento e 8.400 milhões de euros para a destilação de crise.
Maria do Céu Antunes salientou ainda que «foi fundamental dar resposta às necessidades do setor, operacionalizando, com celeridade e em diálogo permanente, os mecanismos de apoio previstos, permitindo aos operadores planear a vindima e gerir
adequadamente os seus stocks. Isto tendo sempre em vista garantir apoio a um regresso gradual a uma situação normal de mercado».

O montante global final destinado às medidas excecionais de apoio ao setor vitivinícola foi de cerca de 11 milhões de euros: 2600 milhões de euros para o apoio ao armazenamento e 8.400 milhões de euros para a destilação de crise.

A região do Douro liderou na adesão às medidas, quer na destilação, quer no armazenamento. Assim os produtores do Douro vão receber mais de 732 mil euros para armazenamento e 3,230 milhões de euros para destilação de vinhos.

Segue-se, na medida de destilação, o Minho (1.960 milhões de euros), o Alentejo (com mais de um milhão de euros) e Terras da Beira (1.054 milhões de euros).

Em relação à medida de armazenamento aderiram 285 produtos, com destaque, para além do Douro, do Alentejo (538 mil euros), Lisboa (234 mil euros), Beira Atlântico (202 mil euros), Tejo (198 mil euros) e Dão (190 mil euros).

De referir ainda que houve 36 candidaturas de produtores de espumante à medida de armazenamento, o que representa o armazenamento de 26.189 hectolitros e o apoio de 201.687 mil euros.

«Portugal ocupava, em 2019, o 9º lugar do ranking dos maiores exportadores mundiais de vinho. Também em 2019, exportámos 820 milhões de euros e, na última década, crescemos mais de 20 milhões de euros ao ano. Queremos continuar esta tendência de crescimento e reforçar a posição de Portugal como um dos maios importantes produtores e exportadores mundiais de vinho», afirmou Maria do Céu Antunes, enaltecendo o trabalho e o empenho do setor, bem como a qualidade do que é produzido e que «tão longe tem levado o país».

Já a região do Tejo tem também estado em crescimento, quer em valor quer em volume de vinho certificado. A região do Tejo produz cerca de 60 milhões de litros de vinho por ano. Mas se há dois anos certificava apenas 13 milhões de litros, em 2019 certificou 20 milhões de litros e, em 2020, já certificou 15 milhões de litros, entre janeiro e final de junho.

Também nas exportações cresceu neste primeiro semestre, relativamente ao período homologo do ano passado com um crescimento superior a 30%. O Brasil é o seu primeiro mercado de exportação, mostrando excelentes resultados em 2020. Só no primeiro semestre de 2020 a região do Tejo exportou para o Brasil a mesma quantidade de vinho
que havia exportado em todo o ano anterior, devido em grande parte ao incremento das vendas online neste país.

Relativamente à vindima em curso prevê-se não haver oscilações relativamente ao ano passado, tendo os produtores afirmado ser um ano de excelente qualidade.

No âmbito da criação de medidas excecionais para apoiar o setor dos vinhos, foi também criada uma reserva qualitativa para a região do Douro, no valor de 5 milhões de euros, o que vai permitir apoiar 10 mil pipas de 550 litros de mosto, com direito à DOP Porto.
Áreas:
Agricultura