O projeto Metrobus «revolucionará a mobilidade na região, e será mais um elo da transformação de mobilidade que queremos realizar», afirmou o Secretário de Estado das Infraestruturas, Jorge Delgado, durante o lançamento da empreitada para a abertura do canal deste meio de transporte, em Coimbra.
«Se estamos a fazer fortes e relevantes investimentos na ferrovia, seja no material circulante, seja na infraestrutura, também aqui, com este projeto, queremos fazer a transformação que urge realizar», disse ainda.
O Secretário de Estado disse que este investimento vai «dar um importante impulso na melhoria da mobilidade nesta região», que já tinha sido afetada com a redução do serviço ferroviário, em 2010. «As pessoas da região merecem e têm esse direito» e o Metrobus - que a Metro do Mondego está a criar - é o instrumento que falta para que isso se materialize», acrescentou.
Jorge Delgado referiu ainda que ter infraestruturas de qualidade é «um dos grandes desafios de qualquer país» e que as mesmas são cruciais para o seu desenvolvimento e crescimento.
O Secretário de Estado explicou também que a solução de Metrobus «não é a que tinha sido prometida inicialmente», mas foi a encontrada após uma análise comparativa feita pelos técnicos da Infraestruturas de Portugal, do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e da Metro do Mondego. «É um projeto pioneiro em Portugal de que todos nos devemos orgulhar», frisou.
Financiamento por fundos europeus
Jorge Delgado disse que a maior parte do financiamento do projeto será proveniente de fundos europeus através do Portugal 2020. A menor parte (26%, o equivalente a 22 milhões de euros) está prevista no Orçamento do Estado para o Sistema de Mobilidade do Mondego.
Este valor inclui, disse o Secretário de Estado, «intervenções não só no antigo ramal ferroviário da Lousã, mas também a construção de uma linha urbana, em Coimbra, entre a Baixa e os Hospitais da Universidade».
Compromisso do Governo «é total e absoluto»
Jorge Delgado referiu que esta «é uma intervenção fundamental e imprescindível, para o sistema de Metrobus» e uma solução para «um problema da cidade», acrescentando que o compromisso do Governo «com este projeto é total e absoluto».
«Conseguiremos cumprir aquilo a que nos propomos: fazer todas as obras e iniciar a operação, de forma faseada, ainda em 2022, concluindo este processo até ao final de 2023, data em que o sistema deverá estar integralmente em serviço», disse ainda.
O objetivo é «ter um serviço de transportes moderno, confortável, frequente e com ligações diretas ao centro da cidade de Coimbra a partir de Serpins, da Lousã e de Miranda do Corvo e fazendo interface com os transportes urbanos de Coimbra e com a CP», concluiu.