A Secretária de Estado do Turismo, Rita Marques, afirmou que «o mercado interno vai ser fundamental para assegurar que a atividade turística» seja retomada ainda este ano.
Na abertura do segundo dia do evento virtual sobre o futuro da restauração, promovido pelo simpósio Sangue na Guelra, a Secretária de Estado referiu que as empresas do setor do turismo terão uma quebra de faturação de 50% face a 2019 e reiterou a importância do mercado interno na recuperação.
«Não sabemos quando vão abrir as fronteiras e os aviões estarão do ar», acrescentou, apelando depois aos portugueses para que, «num espírito solidário para com os profissionais da restauração, hotelaria e turismo, possam gozar férias ou até microférias» nas diferentes regiões de Portugal.
O turismo tem cerca de 130 mil empresas no País e é um dos setores que está a sentir o impacto de forma mais acentuada, depois de ter registado aumentos de 12% e 14% nos primeiros dois meses do ano face a 2019.
O plano de ação do Governo priorizou a operacionalização de «medidas que ajudassem as empresas a sobreviver» e agora, numa segunda fase, serão necessárias novas medidas para apoiar empresas que terão de investir em máscaras e fazer alterações nos estabelecimentos, sobretudo nos do setor da restauração.
«Num terceiro momento, quando a situação voltar à nova normalidade», a estratégia do Governo passa por cinco pilares, nomeadamente «apostar muito na conectividade, especialmente aérea», tendo em conta que 70% dos 26 milhões de turistas no ano passado eram estrangeiros, instigar confiança nos empresários para que invistam na requalificação e inovação e ajudar a promover a formação de competências, nomeadamente digitais.
Rita Marques sublinhou ainda que os próximos anos deverão ser marcados pelo aumento da procura de territórios de baixa densidade, uma vez que as pessoas estarão mais interessadas em destinos ligados à natureza, ao ar livre e em viajar em pequenos grupos.